Resultados dos testes de aftosa devem ser divulgados nesta semana

Os resultados dos exames sorológicos nas propriedades sob suspeita de febre aftosa devem ser divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Ministério da Agricultura. A informação é do secretário estadual da Agricultura, Newton Pohl Ribas, que na manhã desta terça-feira se reuniu em Brasília com o secretário Nacional de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Maciel. Ribas foi cobrar agilidade do Ministério na liberação dos resultados dos exames de sorologia, coletados no início de maio. Maciel se comprometeu a despachar instruções normativas liberando as propriedades onde os testes das amostras derem negativo para aftosa.

O Paraná tem sete fazendas bloqueadas por causa de suspeita de febre aftosa. Os sete proprietários dessas áreas acompanharam o secretário Ribas na reunião no Ministério da Agricultura. As fazendas ficam nos municípios de Loanda, Grandes Rios, Maringá, Bela Vista do Paraíso e São Sebastião da Amoreira. Os animais dessas fazendas têm que ficar isolados até que os resultados dos testes sejam divulgados oficialmente.

As sete propriedades sob suspeita de aftosa estão realizando o terceiro exame sorológico de seus animais. Os dois testes anteriores deram negativo. O governo paranaense quer a divulgação imediata dos testes em 9.649 animais de outras 607 fazendas, que ficam num raio de dez quilômetros da área sob suspeita. A intenção é liberar a movimentação de animais em toda a área.

?Para os produtores, tempo é dinheiro. A cada dia de demora, agrava-se a crise. Precisamos que esses resultados sejam liberados o quanto antes?, afirma Alexandre Kiref, presidente da Sociedade Rural do Paraná. Ele acompanhou o secretário na reunião em Brasília. André Carioba, dono da Fazenda Cachoeira, também participou do encontro. ?Viemos reivindicar o fim do embargo ao Paraná?, resumiu. ?Precisamos movimentar animais para iniciar a engorda o quanto antes?, completou.

Outra preocupação do secretário Newton Pohl Ribas são os 118 mil bovinos de 885 propriedades que não foram vacinados contra a aftosa, nem podem ser até que os resultados dos exames sejam divulgados. ?Esses animais estão suscetíveis à doença, caso de fato exista o vírus na região?, alerta o secretário.

Ribas reivindicou também a intensificação do trabalho de fiscalização nas fronteiras, principalmente com o Paraguai. ?Precisamos unir o Paraná, Mato Grosso do Sul e o Paraguai nesse trabalho. Não adianta o Paraná fazer seu dever de casa, com duas campanhas de vacinação por ano e investindo na defesa sanitária, se não trabalharmos nas nossas fronteiras?, disse. Ele defendeu o monitoramento de toda movimentação de animais numa faixa de 25 quilômetros nos dois lados da fronteira com o Paraguai.

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