Informe TRT

Responsabilidade social e sustentabilidade devem ser preocupações de juiz?

“Ao Poder Judiciário, como poder público que é, e também aos órgãos das carreiras jurídicas, cabe um papel de preservação do meio ambiente, não apenas na atividade fim, mas também como gestores públicos”. Com essa mensagem, o professor e coordenador do Conselho Consultivo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desembargador federal aposentado Vladimir Passos de Freitas, finalizou a primeira palestra do “Fórum Responsabilidade Social e Sustentabilidade – Cidadania e Justiça”, que começou nesta segunda-feira, em Curitiba. Ele enfatizou a importância do Poder Público e de seus agentes se preocuparem com as questões sociais, ambientais e econômicas nas atividades diárias, orientação que consta da Recomendação 11/2007 do Conselho Nacional de Justiça.

De acordo com o desembargador Vladimir Freitas, o uso de correio eletrônico, arquivos eletrônicos no lugar de documentos em papel, a não utilização de cópias de autos em papel são algumas das atitudes que podem ser adotadas no judiciário para proteger o meio ambiente e também a economia.

O Fórum Responsabilidade Social e Sustentabilidade – Cidadania e Justiça é promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio da Associação Nacional dos Servidores da Justiça do Trabalho – Anajustra. Até a próxima quarta-feira, serão abordados vários assuntos que provocam reflexões sobre a realidade social, ambiental e econômica das empresas, do poder público e dos sindicatos.

A abertura do evento contou com a participação do ministro do Tribunal Superior do Trabalho Fernando Eizo Ono; da presidente do TRT-PR, desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista; do corregedor regional e presidente eleito do TRT-PR, desembargador Ney José de Freitas; da presidente da Comissão de Responsabilidade Social da Procuradoria Regional do Trabalho, procuradora Maria Guilhermina dos Santos Vieira Camargo; da diretora da Escola Judicial e vice-presidente eleita do TRT-PR, desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão; da presidente da Comissão de Responsabilidade Social do TRT-PR, desembargadora Ana Carolina Zaina; do presidente em exercício da Associação dos Magistrados do Trabalho – Amatra-IX, juiz Carlos Augusto Penteado Conte, e do gerente regional da Caixa, Adriano Borges Resende.

Para falar sobre Capital e Sustentabilidade, esteve no evento o ex-presidente do BNDES Carlos Lessa. Ele abordou os reflexos do Capitalismo no que chamou de “cultura do desperdício”, destacando que a sociedade deve ser orientada para a sustentabilidade, com a colaboração de todos.

Na tarde de segunda-feira, os temas foram: “Política, responsabilidade social e sustentabilidade”, pelo deputado federal Gustavo Fruet; “Capitalismo e o papel da educação como contributo ao combate à desigualdade social”, pelo professor José Pio Martins; “Projeto Ecocidadão”, da Secretaria de Meio Ambiente e “Uma nova economia: verde, inclusiva e socialmente responsável”, pelo vice-presidente executivo do Instituto Ethos, Paulo Itacarambi.

Para o segundo dia do Fórum, estão programados os temas: “Solidariedade Social e Contrato”, pela desembargadora Marlene Fuverki Suguimatsu; “Tributação em prol da sustentabilidade”, pelo doutor em Direito José Roberto Vieira, e “Responsbilidade Social e cidadania empresarial”, pela procuradora Aldacy Rachid Coutinho.
Também na terça-feira, às 15h, no local do evento, ocorre a cerimônia de posse do desembargador Ney José de Freitas como membro da Academia Nacional do Direito do Trabalho.

O Fórum Responsabilidade Social e Sustentabilidade está sendo realizado no Hotel Deville-Rayon, Rua Visconde de Nácar, 1424.