Renan Calheiros diz que reforma ministerial vai acontecer ”mais adiante”

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o presidente Lula demonstrou, durante conversa no Palácio do Planalto na manhã de hoje (22), que ainda está disposto a promover mudanças mais amplas no primeiro escalão do governo. "O presidente suspendeu a reforma, a reforma não houve. Vamos ter a reforma mais adiante, foi isso que ele deixou entender. A oportunidade para que as mudanças ocorram será na reforma, para melhorar o funcionamento do governo e relação com os partidos, mas ele não estipulou prazo", afirmou Calheiros.

Segundo o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), as nomeações do senador Romero Jucá (PMDB-RR) para o ministério da Previdência Social e do deputado Paulo Bernardo (PT-PR) para o Planejamento têm como objetivo criar um governo de coalizão e solidificar a base de sustentação do governo. O líder também acredita que, futuramente, uma efetiva reforma ministerial poderá ser colocada em prática pelo presidente. "Ele achou que o ambiente político não ajuda a uma boa construção nesse momento, suspendeu esse tema, tirou isso da pauta e vai aguardar. Talvez ele possa vir a fazer outras alterações, mas ele vai estabelecer o momento", disse.

Na opinião de Mercadante, era necessário "um freio de arrumação" no primeiro escalão do governo. A curto prazo, no entanto, o líder garantiu que não estão previstas novas mudanças. "O presidente retirou esse tema da agenda, paralisou o processo de articulação política, vai dar prosseguimento às políticas de governo, e as duas únicas mudanças que ele vai fazer nesse momento são essas que ele já anunciou. Acho que foi uma decisão acertada, e foi bem recebida por todos os senadores com quem conversei da base do governo".

Para o senador Renan Calheiros, além da "arrumação" no Executivo, é necessário ao governo limitar a edição de Medidas Provisórias para evitar entraves à atuação do Congresso Nacional. "Para que haja um funcionamento melhor do Congresso, é fundamental que mudemos a tramitação de MPs, porque isso atrapalha muito, especialmente a agilidade do Congresso".

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