O Conselho de Ética ouviu, nesta quinta-feira, o depoimento do deputado Sandro Mabel (PL-GO). Ele negou ter convidado a deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) para ingressar no PL e negou também ter oferecido dinheiro para que a deputada mudasse de partido.
A acusação tinha sido feita por Raquel Teixeira, em entrevistas à imprensa e em depoimentos na Câmara. A oferta seria considerada quebra do decoro parlamentar, o que poderia levar Mabel a ser cassado.
Segundo o deputado Benedito de Lira (PP-AL), relator do processo, o depoimento de Mabel não trouxe nada de novo. O relator disse que, na próxima semana, possivelmente o requerimento que pede uma acareação entre Raquel Teixeira e Sandro Mabel será votado.
Lira afirma que com essa medida, algo novo pode aparecer. "A representação traz apenas a palavra da deputada Raquel e do deputado Sandro Mabel. São as únicas coisas que temos até agora. Por isso, o conselho está pedindo a acareação entre os dois. Pode ser que, assim, apareça algo novo". Mesmo assim, o relator diz não acreditar que a acareação acrescente muita coisa.
Durante o depoimento, Sandro Mabel afirmou que, assim que o governador de Goiás, Marconi Perilo (PSDB), lhe disse que Raquel Teixeira teria lhe contado a respeito da oferta de dinheiro, procurou o governador e pediu que a deputada fosse chamada para que o assunto fosse exclarecido. "Pedi naquele momento uma acareação. Eu disse: governador, chame a Raquel, porque essa dúvida não pode continuar. Mas ele achou que não era necessário chamá-la. Ele me conhece ", disse.
Ao fim da reunião, Benedito de Lira disse que seu relatório sobre o processo deve estar pronto antes do fim de outubro.