Reeleição não afetará inflação, diz economista da FGV

Rio de Janeiro – A reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terá nenhum efeito imediato sobre a inflação, pois a vitória era mais ou menos esperada, conforme sinalizavam as pesquisas de opinião.

A avaliação é do economista André Furtado Braz, coordenador dos Índices de Preços ao Consumidor (IPCs), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo ele, a reeleição também não deve representar mudanças drásticas na economia nos próximos meses.

?Acho que não vai causar nenhuma alteração no nível de preços. Muito pelo contrário. Eles devem ficar estáveis, seguindo a tendência natural apresentada pelos últimos resultados divulgados pela FGV e  por outros  índices que acompanham a inflação no país?.

O IPC semanal, medido até 15 de outubro, apresentou variação média de preços de 0,18%. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), coletado até o último dia 27 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontava que a inflação seria em torno de 0,27% no mês. O resultado oficial deve ser divulgado nos próximos dias.

De acordo com Braz, a inflação está sendo beneficiada pelo comportamento de alguns preços que estão anulando a influência exercida até poucos dias atrás pelo aumento das tarifas de água e esgoto, que têm forte incidência sobre o índice. ?Isso já não se faz presente?.

No grupo dos alimentos, o economista disse que houve aceleração nos preços de carnes bovinas e suínas, aves e ovos, o que é natural no período de entressafra. ?Também estamos registrando queda nos preços de alguns alimentos in natura, como frutas e legumes. Isso oferece um certo equilíbrio na variação de preços agora?.

Ele acrescentou que há uma pressão menor por conta dos combustíveis. ?O álcool combustível está mostrando muita queda no preço, e isso tem favorecido a queda nos preços da gasolina?.

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