Reduz pela metade furtos de fios e cabos de cobre

A quantidade de fios e cabos de cobre e alumínio furtados em Curitiba e região metropolitana caiu pela metade depois da atuação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) no combate a esse tipo de crime. De acordo com o levantamento da empresa de telefonia Brasil Telecom, a quantidade média de cabos e fios furtados, antes da atuação policial específica, era de dez quilômetros por mês.

Desde novembro, com a determinação da Secretaria da Segurança Pública para que o Cope investigasse e combatesse o furto de cabos, a média já foi reduzida para cinco quilômetros por mês. "Estamos empenhando todos os esforços para combater este crime de forma imediata. Queremos colocar os ladrões e receptadores na cadeia", disse o delegado-chefe do Cope, Marcus Michelotto, responsável pelas investigações.

De acordo com diretor de Relações Institucionais da Brasil Telecom, filial Paraná, Leôncio Vieira de Rezende Neto, o trabalho da polícia foi essencial para esta queda drástica. "Tem sido fundamental o empenho do Cope no combate ao furto de fios e cabos da rede telefônica do Paraná, o que não só preserva o patrimônio das empresas de serviço público, como principalmente evita prejuízo irreparáveis ao coibir as interrupções de serviço de telecomunicações, tão fundamentais ao desenvolvimento do Estado e ao conforto da sociedade", declarou.

Copel

Os números levantados pela Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) também são bastante positivos. Em 2004, 24 transformadores eram furtados, por mês, em Curitiba. Já neste ano, a média caiu para 13. Uma redução de quase 50% em comparação aos meses anteriores à atuação do Cope. O levantamento mostra uma queda ainda maior no furto de condutores. Foram 24,2 mil quilos de condutores levados por ladrões durante todo o ano passado, o que representa média de dois mil quilos por mês. Já nestes dois primeiros meses de 2005, a quantidade caiu para 1,8 mil quilos.

Para o gerente da Superintendência Regional de Distribuição Leste da Copel, Itamar Antônio Born, a diminuição de ocorrências envolvendo o furto de materiais e equipamentos das redes elétricas foi possível graças à atuação policial. "A repressão à receptação deve ser rigorosa e a vigilância permanente. A Copel está pronta para colaborar com as forças policiais no combate a essas ocorrências que, além dos prejuízos materiais, geram transtorno e desconforto aos que se vêem privados dos serviços elétricos", afirmou.

Apreensões

Somente na semana passada, cerca de 15 toneladas de fios e cabos de cobre e alumínio foram apreendidos e dez pessoas foram detidas em Curitiba e região metropolitana pela força-tarefa formada por policiais civis do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), Núcleo de Repressão à Crimes Econômicos (Nurce) e da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, além de representantes do Ministério Público do Trabalho, Receita Estadual, Delegacia Regional do Trabalho, peritos do Instituto de Criminalística, oficiais de Justiça e técnicos da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) e Brasil Telecom. Além dos fios de cobre e alumínio, duas caçambas com carcaças de motores de carro, três caminhões, equipamentos usados pela Copel, cabos de telefone, cabos elétricos e chicotes e placas de carros, também foram encontradas e apreendidas durante a operação.

Ao todo, quatro grandes empresas de sucata foram vistoriadas pela força-tarefa nos bairros Boqueirão e CIC, e outras duas nos municípios de Campina Grande do Sul e Quatro Barras. Para Michelotto, os locais vistoriados são considerados o topo da pirâmide. "Estamos atuando nas maiores empresas deste ramo, porque queremos dar um fim a este tipo de crime que vem dando tantos prejuízos ao estado e aos paranaenses", disse .

Resolução

Desde novembro do ano passado, o Cope passou a investigar os crimes relativos ao furto e roubo de energia elétrica e materiais e componentes do sistema de transmissão de energia, por determinação do secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. Levantamento apresentado pela Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), entre os anos de 2003 e 2004, mostra que a empresa teve um prejuízo de aproximadamente R$ 2,6 milhões referentes a roubo de condutores e transformadores nas cinco Superintendências Regionais de Distribuição do Paraná.

De acordo com Delazari, o Paraná tem se especializado no combate ao crime organizado. "Ampliamos e profissionalizamos a nossa atuação, para combater este tipo de criminalidade, que vinha assumindo proporções preocupantes em nosso Estado", disse. 

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