Quércia reitera promessa de renegociar dívida de São Paulo

O candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, afirmou nesta terça-feira (15) que não teria dificuldades em se adaptar à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aprovada em 2000, após seu mandato de governador (de 1987 a 1991). Ele reiterou que, caso seja eleito, renegociará a dívida do Estado.

"Aquele tempo era outro tempo", disse Quércia sobre o seu governo ao telejornal SPTV, da TV Globo. "Em 1994, quatro anos após eu sair do governo, a dívida de São Paulo era de R$ 25 bilhões. O governo do PSDB fez um acordo de pagamento da dívida, que onera violentamente e injustamente o erário de São Paulo, com 13% (do orçamento) por mês de pagamento. Nós já pagamos mais do que esses R$ 25 bilhões e devemos R$ 126 bilhões, numa fase em que não houve inflação", acrescentou o peemedebista, rebatendo acusações de que teria sido um dos responsáveis pelo aumento da dívida do Estado

Indagado sobre a privatização do Banespa, após seu mandato, o ex-governador afirmou que a instituição não passava por dificuldades e que a venda do banco foi obra do PSDB. "Os tucanos queriam privatizar o Banespa e fizeram uma guerra psicológica para dizer que as coisas iam mal. Houve uma CPI no Congresso que comprovou que o Banespa estava muito bem", comentou. O candidato também afirmou que transformará a Nossa Caixa, ainda estatal, em um "novo Banespa". "Vou fazer da Nossa Caixa um instrumento como era o Banespa, que financiava pequenas e micro empresas no Estado.

Disse ainda que entrará na guerra fiscal e promoverá a "reindustrialização" paulista. "Não vou ficar de braços cruzados como o governo tucano, que deixou milhares de indústrias irem embora daqui. Vou entrar na guerra fiscal, vou fazer as indústrias crescerem no interior do Estado, vou fazer com que haja empregos, sobretudo para os jovens.

Segurança – Quanto à questão da segurança, Quércia classificou a área como uma "tragédia" e prometeu, se eleito, excluir a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária. "Porque há uma duplicidade de comando", explicou. Na sua opinião, é necessário "agir com firmeza" para resolver os problemas na segurança pública paulista. "Nós precisamos restabelecer a autoridade do governo. Vamos usar pulso firme e resolver essa questão", afirmou.

Voltar ao topo