Provopar mantém prioridade às cooperativas de geração de renda

A presidente do Provopar Ação Social, Lucia Arruda, revelou nesta quarta-feira (21) que a instituição continuará dando prioridade para a implantação de cooperativas de geração de renda, por acreditar que ser este o ?sistema capaz de promover a inclusão social e viabilizar a cidadania plena das pessoas, dando-lhes dignidade e respeito?, disse.

Atualmente, o Provopar presta apoio e assistência a doze cooperativas de geração de renda, todas elas localizadas em municípios de pequeno porte, com poucas opções de trabalho para os seus moradores. É o caso, por exemplo, de Ariranha do Ivaí, onde a cooperativa de confecções foi a primeira indústria a se instalar no município.

?O cooperativismo dentro do Provopar representa mudança de vida. No passado, tínhamos uma entidade basicamente assistencialista e hoje temos uma entidade que acredita em projetos de geração de renda, que procuram viabilizar cidadania de maneira plena, possibilitando que as pessoas, que são nossas parceiras e objeto de nosso trabalho, desenvolvam empreendimentos autogestinários e que podem mudar o rumo de suas vidas?, afirma Fabiano Guardashone, responsável pela parte jurídica do setor de cooperativismo do Provopar.

Segundo ele, o trabalho de cooperativismo do Provopar começou pelo município de Lidianópolis, na região do Vale do Ivaí. A presidente do Provopar, Lucia Arruda, lembra que existia no município uma pequena fábrica de confecções, que lutava com muitas dificuldades para se manter em atividade. A situação se agravou quando a empresa teve parte de seu maquinário roubado. Os funcionários se uniram e, com o apoio do Provopar e da prefeitura, formaram a primeira cooperativa de trabalho e geração de renda.

Hoje, a cooperativa de confecções de Lidianópolis conta com mais de 30 associados, que prestam serviço para indústrias de jeans de renome. ?O grupo de buscado conquistar novos clientes, para garantir um incremento na renda de seus associados e também possibilitem novos investimentos na cooperativa?, informa Fabiano.

Outra receita de sucesso é a Cooperativa de Coleta e Reciclagem de Resíduos Sólidos, da Ilha dos Valadares, em Paranaguá. O grupo tem se firmado e conquistado espaço no mercado de resíduos sólidos no município. Para este ano, a cooperativa, que conta atualmente com 20 associados, pretende atrair novos sócios e assim ampliar a coleta de material reciclável, para viabilizar as vendas para as empresas de Curitiba, que pagam mais que os intermediários de Paranaguá.

Os associados vão passar por um curso básico de segurança no trabalho por parte do Senai, com o objetivo de se conscientizarem sobre a necessidade do uso de equipamentos de segurança, como botas, luvas e máscaras, inerentes à sua atividade, bem como dos procedimentos de segurança a serem seguidos dentro e fora do barracão onde é feita a reciclagem.

?No caso de Valadares, a cooperativa não trouxe só benefícios aos catadores de papel, mas a toda comunidade, porque proporcionou a pavimentação de uma rua do bairro e fez com que o Provopar investisse na construção de um complexo educacional e esportivo na ilha?, informou Lucia Arruda.

Fabiano Guardashone disse que a cooperativa mudou a ?cara? do bairro. ?Começamos a perceber que, em volta da cooperativa, está sendo construída uma mercearia. Logo, virá uma loja, uma oficina, mudando a vida da comunidade na qual a cooperativa está inserida. Portanto, a crença no cooperativismo popular e em seus princípios transforma a vida de pessoas. Este era um sonho interiorizado nosso e, agora, passados três anos, percebemos que esse sonho foi abraçado por pessoas. Hoje, temos o Provopar, uma entidade de peso e respeito, abraçando esse projeto. Isso nos deixa muito feliz?.

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