Projeto permitirá a índios apresentar propostas para atendimento à saúde

Agora os índios também vão poder apresentar suas idéias e propostas para melhorar o atendimento à saúde nas aldeias do país. A Fundação Nacional da Saúde (Funasa) tem disponíveis R$ 5,4 milhões do Fundo de Iniciativas Comunitárias em Saúde Indígena para investir em projetos apresentados pelas comunidades indígenas.

O fundo faz parte do projeto Vigilância em Saúde no SUS (Vigisus), uma parceria entre o Banco Mundial (Bird) e a Funasa. O projeto prevê US$ 50 milhões, metade do banco, metade do governo brasileiro, para serem aplicados em quatro anos.

Técnicos da fundação estão percorrendo o país para capacitar as comunidades indígenas, de modo a poderem apresentar projetos de melhoria da saúde nas aldeias. Até o final de agosto serão realizadas 25 oficinas em 13 dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas do país. A meta é reunir cerca de 750 participantes entre líderes indígenas, pajés e representantes de organizações indígenas.

De acordo com o diretor executivo da Funasa, Lenildo Dias de Morais, o objetivo é capacitar as comunidades indígenas, por meio de suas associações, para que possam apresentar projetos ligados a iniciativas comunitárias. "As comunidades indígenas, que têm experiência em desenvolver atividades de promoção de saúde nas aldeias, necessitam de apoio para se fortalecer e continuar se desenvolvendo", explicou.

Terão apoio temas como redução da mortalidade infantil, promoção da segurança alimentar e nutricional e valorização da medicina tradicional. "Vamos estimulá-los a criar projetos na área de hortaliças, medicina tradicional e produção de alimentos", disse. Segundo Morais a intenção é mostrar aos índios que os projetos têm que ser duradouros e que o governo vai acompanhar e viabilizar a implementação de cada um.

Até o final de 2008, serão financiados 150 projetos de iniciativa comunitária em saúde indígena, com duração de 18 meses, no valor de até R$ 36 mil. Os projetos deverão ser apresentados pelas associações indígenas e somente elas poderão reivindicar os recursos.

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