Programa quer aproximar ensino nas faculdades de saúde à prática dos hospitais

Brasília ? Os ministérios da Saúde e da Educação formalizaram hoje (3) uma parceria com o objetivo de aproximar o ensino nas faculdades de saúde às reais necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). A idéia é estimular o ensino nos projetos executados pelo SUS, como o programa Saúde da Família. A mudança será feita por meio do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pro-Saúde).

De acordo com o Ministério da Saúde, o programa é composto por três eixos de mudanças: focalizar mais a promoção da saúde como forma de prevenção de doenças; utilizar cenários de ensino representativos além dos tradicionais hospitais universitários e aliar as aulas a uma maior participação dos estudantes nos processos de formação.

Na opinião do ministro da Saúde, Saraiva Felipe, o Brasil possui uma deficiência na formação dos estudantes da área de saúde, com especializações precoces. "A formação dos profissionais da área de saúde ? médicos, enfermeiros, dentistas, profissionais das áreas sociais que têm atuação na área da saúde ? está muito voltada para a área da doença, e não da prevenção e promoção da saúde", afirma. Segundo Felipe, é preciso fazer com que a formação coincida com o espaço da prestação de serviço.

"A base do Sistema Único de Saúde (SUS) é a formação de recursos humanos, que é competência do Ministério da Educação, das instituições de educação superior e das escolas técnicas que tiverem cursos na área de saúde. Não é um pedido para a mudança das diretrizes curriculares, mas que elas sejam mais consideradas pelas instituições que tem que receber orientação e apoio para fazer essa adequação", explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad.

O Pró-Saúde será dirigido a escolas médicas, de enfermagem e odontologia. Além de mudar a metodologia do ensino, o programa também quer humanizar o atendimento em saúde, a fim de reduzir os custos do SUS.

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