Presidente nega que seu governo tenha aumentando dívida pública

O presidente Fernando Henrique Cardoso rebateu, há pouco, durante discurso na Câmara Americana de Comércio, a afirmação de que a dívida pública do governo federal tenha sofrido impulso devido a gastos excessivos em seu governo. “Tantas vezes eu vejo nos jornais a respeito do meu governo, esquecendo-se de dizer que o que o meu governo fez foi reconhecer dívidas preexistentes, e assumir dívidas que estavam nas mãos dos bancos e que eram dos estados, ou esqueletos que ninguém reconhecia, mas já estavam minando a credibilidade do país”, enfatizou.

Fernando Henrique destacou que as dívidas não foram derivadas “de um impulso gastador e irresponsável da parte do governo central” e lembrou que hoje a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite gastos além dos necessários pelos administradores públicos. “A lei é clara e inclui penalidades”, resumiu. Sobre a transmissão da dívida ao seu futuro sucessor, o presidente disse que não deseja “passar a conta, uma vez que vem pagando com satisfação a dívida, por ter organizado o sistema fiscal brasileiro. “Eu recebi uma conta imensa, de décadas de antecessores, e hoje pago por isso”, encerrou. A dívida líquida do setor público bateu recorde em julho deste ano e chegou a R$ 819,4 bilhões, o que equivale a 61,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

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