Presidente do STJ crê em acordo entre governo e companhias aéreas

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal, está confiante em um acordo entre o governo e as companhias aéreas, por meio de um ajuste de contas, no qual o governo desistiria de receber o que cobra e as empresas também deixariam de cobrar indenizações na Justiça. Vidigal, que está intermediando o acordo, disse que concluiu a leitura de documento das companhias aéreas e que na próxima semana deverá se reunir com representantes das empresas e o vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar para discutir a questão. O ministro do STJ disse que percebe a boa vontade do governo em resolver o problema. "Não adianta ficar demandando, porque um dia vai ter que pagar. Então é aproveitar enquanto esse esqueleto ainda está pequeno. Existem muitos esqueletos para serem resolvidos na administração do Brasil. E eu acredito que sem prejuízo para o governo, pode-se chegar a um bom termo", afirmou. Edson Vidigal defendeu também uma reformulação do setor aéreo. "No Brasil nós estamos com as ferrovias enferrujadas, as rodovias esburacadas, os portos sem condições de operacionalidade. Só resta hoje como transporte seguro o transporte aéreo. Até quando elas (as companhias) vão ter oxigênio para suportar o resultado das demandas judiciais? Então é papel do Judiciário evitar que essas questões resvalem de modo que no fim quem pague a conta maior seja o contribuinte".

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