Presidente da Vale do Rio Doce responde a Lula e defende privatização

Depois da privatização da Companhia Vale do Rio Doce, a empresa melhorou a eficiência e ganhou velocidade e agilidade nas decisões, afirmou nesta segunda-feira (16) o presidente da empresa, Roger Agnelli, ao comentar em Nova York as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a venda da empresa. Segundo o executivo, "jamais a Vale estaria na posição em que está hoje se fosse estatal".

Agnelli avalia as declarações de Lula sobre privatização como "partidário-ideológicas". "Não é apenas a questão da Vale é a privatização em si", acredita. "A privatização da Vale do Rio Doce está indo muito bem", afirmou.

"Em termos de geração de empregos é maior que antes. Também temos muito mais fornecedores que antes", garantiu. "Aumentamos em três vezes a produção de bauxita, alumínio e minério de ferro em cinco anos e temos remunerado adequadamente nossos acionistas", acrescentou. "Privatização tem sido muito positiva para o Brasil", emendou.

Para o próximo presidente da República, Agnelli acredita que o "desafio será colocar o Brasil em um ritmo de crescimento que reflita o potencial do País. "O terreno está preparado", avalia Agnelli. Mas a questão central para um maior crescimento do Pais "passa pela necessidade de reforma política, redução da carga tributária, reforma da Previdência e modernização da maquina do governo", listou. "O País quer crescer. Todos sabemos o que tem de ser feito e o que falta", completou.

Um ponto que poderia permitir maior crescimento da Vale é a melhora do ritmo dos processos de licenciamentos ambientais, pondera. Em alguns casos a empresa obtém a licença prévia, mas tem de aguardar mais para conseguir a de implementação do projeto. O executivo ainda citou a existência de gargalos nos portos e avalia que a capacidade das ferrovias está um pouco à frente da capacidade portuária. Sobre o setor de alumínio, Agnelli observa que o custo de energia está limitando o crescimento da Vale nesta área.

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