Presença de óleo diminui no litoral

Foto: Aliocha Mauricio
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A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, através do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), avaliou como "aceitável e normal" o nível de óleo, graxas e hidrocarboneto encontrado na água em oito pontos do litoral do Paraná, que se encontram fora da baía de Paranaguá. Foram avaliadas as praias de Pontal do Sul, Shangrilá, Ipanema, Praia de Leste, Matinhos, Caiobá, Ponta da Pita e Ilha do Mel (Encantadas).

Os resultados das análises de monitoramento foram divulgados nesta sexta-feira, tendo sido realizadas as coletas de amostra de água nos dias 21 e 28 de novembro, em função do acidente com o navio Vicuña, ocorrido em Paranaguá, no último dia 15.

Um comparativo entre o resultado das coletas realizadas no dia 21 de novembro e, posteriormente, no dia 28 de novembro apresentou queda no nível de óleo encontrado nas praias do litoral de maior procura. Em Pontal do Sul a presença de óleo passou de 43 miligramas/litro para oito miligramas/litro. Já na Ilha do Mel, a quantidade de óleo passou de 13 para seis miligramas/litro, Ponta da Pita de 23 para nove miligramas/litro, Ipanema de 25 para 11, Matinhos de dez para oito e Caiobá de seis para cinco miligramas/litro. Os balneários de Shangrilá e Praia de Leste só foram avaliados no dia 28, tendo como resultado a presença de cinco miligramas/litros nos dois locais.

Pesca

"Todos os locais analisados são pontos de tradicional procura para lazer e se encontram fora da baía de Paranaguá, por isso a portaria 025 do IAP/IBAMA deverá permanecer em vigor", afirmou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos Luiz Eduardo Cheida. Segundo ele, a proibição da pesca, coleta de organismos aquáticos e consumo da água nas baías de Paranaguá, Antonina e Guaraqueçaba só será levantada, na medida em que as áreas atingidas apresentem condições seguras.

Este parâmetro de avaliação detecta a presença, além de derivados de petróleo, de qualquer outro tipo óleo como por exemplo despejo de cozinha, indústrias e até mesmo sabão. Devido a isso, os técnicos do IAP consideraram como óleo resultante do acidente com o navio níveis acima de 20 miligramas/litro, sendo que índices superiores a cinco miligramas/litro já indicam a presença de óleo na água.

A existência de derivados de petróleo na água, além de desconforto, pode provocar irritações de pele, olhos e mucosas, além de problemas toxicológicos. Além disso, o consumo de frutos de mar contaminados por derivados de petróleo também podem provocar sérios problemas à saúde humana.

Para o secretário Cheida, o monitoramento constante será fundamental ao considerar que a dinâmica da poluição pode vir a alterar futuras amostras. "Entretanto, as análises atuais garantem níveis de segurança adequados quando se considera a presença de poluentes oriundos do navio Vicuña", ressaltou.

O IAP está monitorando a presença de óleos e hidrocarboneto – composto orgânico contendo carbono, oxigênio e hidrogênio, encontrado no petróleo e no gás natural ? semanalmente, aos domingos.

Balneabilidade

O secretário ainda disse que a população também deve estar atenta aos índices de balneabilidade, que deverão começar a ser divulgados no próximo dia 18. Estas análises avaliam durante a temporada (dezembro a fevereiro) as condições de banho em 32 pontos do litoral, considerando a presença de esgoto doméstico.

De acordo presidente do IAP, Rasca Rodrigues, as coletas deverão continuar sendo feitas. "Iremos aumentar o número de pontos de coleta para garantir o sossego dos moradores e veranistas, caso o quadro se reverta estaremos comunicando imediatamente a população", informou Rasca. Segundo ele, todas as pessoas podem contribuir informando ao Instituto caso sejam avistadas manchas de óleo nas praias. "Nesse caso a coleta será feita no local denunciado", disse.

Os resultados das análises sobre a presença de óleo nas praias e índices de balneabilidade poderão ser encontrados no site www.pr.gov.br/meioambiente/acidente. Denúncias quanto a presença de óleo podem ser feita pelo fone 0800-6430304. 

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