Prejuízo com pichações em Curitiba daria para construir 33 casas populares

Na véspera do Feriado do Dia do Trabalhador, o município gastou em torno de R$ 4 mil para recuperar as paredes do viaduto do Alto da XV com a Avenida Nossa Senhora da Luz. Foram cerca de três horas de trabalho, realizado pela equipe da Central de Manutenção da Prefeitura. O esforço não durou muito. A nova pintura já sofreu a ação de vândalos no próprio feriado.

"A ação de vândalos, que picham o patrimônio histórico, viadutos, pontes, escolas, faróis do saber, entre outros equipamentos sociais, provoca um prejuízo médio de R$ 1 milhão ao ano aos cofres municipais", diz o secretário interino de Obras Públicas, Mário Tookoni.

Com este valor, a equipe técnica da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab-CT) poderia construir 33 casas populares ou comprar cerca de 50 lotes para a construção de moradias. O vandalismo poderia ser até maior, não fosse a presença constante da Guarda Municipal próxima aos patrimônios públicos.

Segundo o chefe da Central de Manutenção (Ceman), Edson Bonfim, quase metade dos chamados do serviço são para reparo de edificações, viadutos, pontes e trincheiras pichados. A Ceman ainda realiza a recuperação de outras depredações, como a quebra de vidro, furtos de fiação, de telhas e de equipamentos elétricos, além de danos à edificações.

Bonfim conta que Curitiba têm algumas edificações e equipamentos mais visados pelos pichadores. "Alguns viadutos, como o do Alto da XV, ou o Farol do Saber da Cidade, são focos freqüentes de pichações, disputados por gangues que destroem o patrimônio Público", afirma. Nestes locais, as pichações acontecem quase que diariamente. Em outros pontos, o vandalismo ocorre a cada 15 dias.

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