Prefeitos querem impedir transferência de presos do PCC

Prefeitos de 15 municípios da região de Araçatuba, na noroeste do Estado, fazem movimento para impedir a transferência de 1,1 mil detentos do Primeiro Comando da Capital (PCC) para a Penitenciária Compacta de Avanhandava.

O movimento é liderado pelo prefeito de Avanhandava, Gino Corbucci (PFL), que promete entregar, amanhã ou sexta-feira, um abaixo-assinado, contra a transferência, para o secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto. Os prefeitos e deputados que também assinaram a lista prometem enviar fax e e-mails pedindo ao secretário para desistir da remoção.

Das 10 penitenciárias da região de Araçatuba, que abrigam 12 mil presos, apenas as de Avanhandava e de Andradina não são controladas pelo PCC. De acordo com Corbucci, embora a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informe desconhecer a remoção, um oficial da Polícia Militar confirmou a ele ter recebido ordens para preparar equipes para fazer a desocupação até o final deste mês.

A penitenciária de Avanhandava é subordinada à Coordenadoria dos Presídios da Região Noroeste à qual estão atreladas as penitenciárias de Araraquara, Getulina, Avaré, Ribeirão Preto, controladas pelo PCC, além das unidades Marília, Balbinos, Bauru e Pirajuí.

De acordo o Corbucci, a intenção da SAP é isolar em Avanhandava todos os detentos do PCC presos nas unidades da Noroeste e levar os de Avanhandava, para outros presídios dominados por facções rivais do PCC. Atualmente, a unidade, que possui capacidade para 768 detentos, abriga 691 condenados, e é dominada pelo Comando Brasileiro Revolucionário do Crime (CRBC).

A SAP emitiu nota nesta quarta-feira (20) informando que, por questões de segurança não fornece detalhes sobre transferências.

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