Pratini discute com ministro paraguaio ação contra a aftosa

O ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, receberá em audiência amanhã (05) o ministro da Agricultura do Paraguai, Darío Baungarten. No encontro, os ministros discutirão uma ação conjunta entre os dois governo para combater o retorno da febre aftosa na região. Na quinta-feira passada o Centro Pan-americano de Febre Aftosa (Panaftosa) confirmou a existência de dois casos de aftosa na fazenda São Francisco, no município de Corpus Christi, na província de Canindeyú, no Paraguai.

O foco foi detectado depois que técnicos do Panaftosa realizaram investigação soroepidemiológica na propriedade, atendendo a denúncia feita pelos serviços de defesa sanitária do Mato Grosso do Sul. O reconhecimento da doença obrigou o Paraguai a comunicar a existência do foco de aftosa ao Escritório Internacional de Epizootias (OIE), o que deverá fazer com que o país vizinho perca o status de livre da doença com vacinação, que possui desde maio de 1997.

O serviço sanitário paraguaio também teve que adotar todas as medidas recomendadas pelo OIE e pelos países que integram a Bacia do Prata (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile) para exterminar a doença. Entre estas está o sacrifício de cerca de 700 bovinos que tiveram contato com os dois animais infectados.

Segundo a Delegacia do Ministério da Agricultura no Mato Grosso do Sul, o sacrifício dos animais foi concluído na tarde de hoje, com a utilização do rifle sanitário, seguido de incineração. Para evitar qualquer contaminação, o Brasil fechou suas fronteiras com o Paraguai desde o dia 23 de setembro passado, para evitar o ingresso de animais vivos suscetíveis à doença, bem como de carne com osso e subprodutos de origem animal. Os pontos estratégicos na fronteira do Mato Grosso do Sul e do Paraná com o Paraguai estão sendo guarnecidos por tropas das Forças Armadas, segundo o Ministério da Agricultura.

Na reunião que terá amanhã com Baungarten, Pratini irá oferecer apoio técnico ao país vizinho para erradicar a doença. Este apoio se traduz, segundo o ministro em fornecimento de técnicos, de vacinas e de vigilância reforçada nas áreas de fronteira entre os dois países.

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