Curitiba

Vereadores aprovam Dia Municipal do Vegetarianismo

Foi aprovado nesta terça-feira (13), em primeira discussão, na Câmara dos Vereadores, o Dia Municipal do Vegetarianismo. A proposta de iniciativa do vereador Professor Galdino (PSDB) tem por objetivo criar ações que permitam à população conhecer mais sobre o assunto.

A data escolhida é 1º de outubro, a mesma do Dia Mundial do Vegetarianismo. O projeto ainda precisa ser aprovado em segunda votação da Câmara para seguir para a sanção do prefeito Gustavo Fruet (PDT).

Galdino disse que morou por mais de oito anos na Europa e que lá no Velho Continente o vegetarianismo é considerado normal. “Sempre defendi os animais. São seres vivos que sentem dor, frio, sono, cansaço e estresse e o objetivo da proposta não é proibir ninguém de comer carne, mas refletir sobre a crueldade praticada contra os animais e sobre a realimentação, pois uma dieta sem carne só traz benefícios à saúde”, disse.

O vereador justificou a importância do projeto citando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que, segundo ele, apontam que 11% dos curitibanos são vegetarianos e Curitiba é a segunda capital com o maior número de vegetarianos no país.

Falta consonância

Entre os vereadores que votaram contra o projeto está Serginho do Posto, também do PSDB. Ao ser questionado sobre quais motivos ele acredita que levaram o seu colega de partido a votar contra a proposta, Galdino disse que não há consonância entre os projetos apresentados no PSDB de Curitiba.

“Em sou um soldado do meu partido e sigo a cartilha do PSDB, mas se existem colegas que servem a dois senhores este não é problema meu. Falta consciência política e unidade partidária para alguns vereadores. Esta é uma bandeira política geral (Dia do Vegetarianismo), assim como a ficha limpa municipal e a defesa dos animais. Se tem um projeto bom para a cidade eu vou apoiar independente de qual partido for”, finalizou.

Não é revanchismo

O vereador Serginho do Posto justificou o voto contrário à proposta do Professor Galdino afirmando que há aproximadamente dois anos diversos líderes das bancadas decidiram que não criariam mais dias comemorativos municipais para não onerar o Executivo. Contudo, segundo o vereador, o acordo foi rompido.

“Não sou contra o dia, nem à proposta, apenas questiono a oneração do município com a proposta, pois o Executivo terá que destinar recursos para estas comemorações, deixando de investir em saúde e educação”, por exemplo.

Serginho do Posto enfatizou que não há nenhum tipo de revanchismo contra o Galdino. “Um vereador precisa ter preocupação com despesas do município. Há um orçamento já existente elaborado pelas próprias secretarias municipais para promover ações, sem encarecer a cidade com novos dias comemorativos”, completou.