Vargas aponta “denuncismo” do PSDB

O presidente do diretório estadual do PT, deputado André Vargas, considerou "denuncismo barato" a acusação da ex-colaboradora da campanha de Nedson Micheletti à Prefeitura de Londrina no ano passado, Soraya Garcia, de existência de caixa dois para cobrir despesas eleitorais.

Vargas afirmou que Soraya foi orientada pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB), que ontem teria admitido o fato em entrevista a uma emissora de rádio da cidade. "Há um clima de disputa entre PT e PSDB em Londrina e ao afirmar, sem provas nem evidências, que há vínculos do suposto caixa dois local com a questão nacional, propondo até mesmo o cancelamento das eleições, o deputado Hauly demonstra o caráter ou a falta dele na luta política", criticou o petista.

Ele reforçou apoio integral a toda e qualquer investigação, colocou à disposição da Justiça seus sigilos fiscal, bancário e telefônico, e informou já ter determinado uma auditoria severa nas contas do diretório regional: "Desde o surgimento da crise envolvendo dirigentes nossos, afirmei que no caixa do PT do Paraná não teve ajuda financeira da direção nacional nem pelo caixa oficial e muito menos pelo suposto caixa dois."

"Mesmo orientada pelo deputado Hauly, as denúncias da senhora Soraya precisam ser investigadas, nos interessa que a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral procedam de forma isenta e apurem a verdade", prosseguiu Vargas, apontando incoerências nas acusações: "O prefeito Nedson declarou gastos de campanha no valor de R$ 1,3 milhão, enquanto nosso adversário do segundo turno, Antônio Belinati, declarou apenas R$ 131 948,00, dez vezes menos, realizando inúmeros comícios".

O dirigente petista afirmou que uma campanha desse porte seria perceptível, "seria mais ou menos o que declaram ter gasto na disputa ao governo Roberto Requião e Alvaro Dias". Sobre o recebimento de 200 mil camisetas do diretório nacional – quando foram declaradas à Justiça eleitoral apenas 20 mil -Vargas disse que Soraya "aproveita-se de um dado público para lançar uma ilação caluniosa. Seria o mesmo que vestir com uma marca da campanha 2/3 do eleitorado londrinense."

Declarou não ter tido nenhum contato com Soraya no período da eleição e que há cerca de um mês foi procurado por ela, que se apresentou como colaboradora de campanha em busca de um emprego no Sercomtel ou na Prefeitura: "Afirmei que emprego público não deve servir de paga eleitoral e me comprometi a ajudá-la a conseguir um emprego na iniciativa privada. Estava sendo vítima de uma chantagem e não percebi."

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