Stica recua e adia renúncia da Mesa

A renúncia do deputado Natálio Stica (PT) ao cargo de 1.º vice-presidente da Assembléia Legislativa para assumir a liderança do governo na Casa está se transformando numa novela. O próprio parlamentar havia anunciado que renunciaria ontem, mas recuou, informando que o assunto está adiado “sine die”. Stica explicou que só apresentará sua renúncia quando houver um consenso que mantenha o posto nas mãos de seu partido.

Ele admitiu que setores do PMDB apresentam resistências à indicação do presidente estadual do PT, deputado André Vargas, escolhido em reunião da bancada na semana passada. O PPS, embora integre a base aliada, também tem um postulante ao cargo, o deputado Ratinho Jr. E o PDT tem Augustinho Zucchi em plena campanha:”Quero ser elemento de unificação, não de discórdia”, observou Stica, reforçando que pretende ter a base de apoio ao governo unificada em torno de um nome do PT. Não está descartada a hipótese de uma troca: Stica assumiria a liderança desde que Vanhoni ficasse com a 1.ª vice-presidência.

Resistência

O líder da bancada peemedebista, deputado Antônio Anibelli, reconhece o acordo formalizado com a bancada do PT para a eleição da atual Mesa Executiva, mas lembra que há outros dois postulantes: “Todos querem votar um nome de consenso, e não há consenso em torno do deputado André Vargas. Em primeiro lugar, porque ele é presidente de um diretório estadual. Há outros fatores também”, ponderou, referindo-se a episódios como o da CPI do Pedágio, quando Vargas entrou em rota de colisão com o governo. Ou ainda quando chegou a sugerir a ruptura da aliança com o PMDB em função dos ataques do governador Roberto Requião à políticas do governo federal. E aconselha: “Ou o PT busca o consenso ou acaba ficando sem o cargo”.

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