Sucessão

Stephanes Júnior continua no PMDB e se lança a prefeito

Descontente com os rumos do partido, esquecido na composição do diretório municipal e vendo seu pai migrar para o PSD, o deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior decidiu “ir para o sacrifício” e permanecer no PMDB.

Júnior disse que será a “pedra no sapato” do grupo do presidente do PMDB de Curitiba, senador Roberto Requião, até as eleições municipais do ano que vem. Stephanes Júnior, que assim como seu pai, deputado federal Reinhold Stephanes, foi convidado pelo PSD, disse que tomou decisão oposta à do pai por questões pessoais.

Além de evitar que a família fosse defenestrada do PMDB, Júnior acredita que, ficando no partido, tem mais chances de alimentar a esperança de ser candidato a prefeito de Curitiba, uma vez que o PSD já tem dois pré-candidatos (Ney Leprevost e Luiz Carlos Martins) e ainda negocia apoio a Luciano Ducci (PSB).

O deputado disse que vai lançar sua pré-candidatura, mesmo tendo o PMDB de Curitiba já lançado Rafael Greca. “Queria muito ser candidato a prefeito de Curitiba. Sei que o Requião não vai deixar. Eles até já lançaram o Greca. Mas eu vou incomodar, vou levar meu nome até a convenção”, disse.

Para Stephanes Junior, a candidatura dele seria muito mais interessante para o PMDB que a do Greca. “O partido precisa criar um nome novo, uma nova geração. E uma candidatura na majoritária é fundamental para isso. A Gleisi (Hoffmann – PT) levou uma surra em 2008, mas foi eleita senadora dois anos depois. O próprio Beto Richa (PSDB) disputou o governo em 2002, antes de ser eleito prefeito em 2004”, comentou, dizendo acreditar ser ele esse “nome novo” em Curitiba. “E a candidatura do Greca não acrescenta nada. É uma candidatura para perder e que não servirá para criar um nome”, criticou.