Sete governadores correm risco de perder o cargo

Oito recursos na pauta de votação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ameaçam o mandato de sete dos 27 governadores eleitos em 2006. Maranhão, Paraíba, Rondônia, Roraima, Sergipe, Tocantins e Santa Catarina correm o risco de assistir à troca de governo, caso o TSE acate denúncias de abuso do poder político e econômico, compra de voto, propaganda antecipada e distribuição de cargos e benesses em período eleitoral, entre outras infrações à Lei 9.504/97 (Lei Eleitoral) e à Lei Complementar 64/90 (das Inelegibilidades).

O governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), é alvo de recursos do Ministério Público Eleitoral e da coligação adversária. Em julho, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) local cassou seu mandato, a pedido do PCB, pela distribuição de 35 mil cheques pela Fundação de Ação Comunitária (FAC). O plenário do TSE concedeu liminar ao tucano. Em Sergipe, o PAN acusou em dezembro o vitorioso do Estado, o ex-prefeito de Aracaju Marcelo Déda (PT), por propaganda irregular e abuso de poder econômico e político. O partido recorreu ao TSE alegando que Déda se aproveitou do cargo de prefeito para fazer ?maciça campanha promocional?.

No Maranhão, a coligação A Força do Povo, da candidata Roseana Sarney (então PFL, hoje PMDB), ajuizou recurso contra a diplomação de Jackson Lago (PDT), acusando-o de ter sido beneficiado pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSDB). No Tocantins, Siqueira Campos (PSDB) contesta no TSE a diplomação de Marcelo Miranda (PMDB), reeleito, e o acusa em meio a uma enxurrada de denúncias de compra de votos e contratação de servidores sem concurso. O governador catarinense, Luiz Henrique (PMDB), é acusado de abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação e uso da máquina para se reeleger. A coligação Salve Santa Catarina (PP, PV, PMN e Prona) aponta propaganda ilegal do governo. Relator do caso no TSE, José Delgado recomendou sua cassação em agosto, mas um pedido de vista suspendeu o julgamento.

Outro caso tumultuado envolve Ottomar Pinto (PSDB), reeleito em Roraima. Romero Jucá (PMDB), que o acusa de abuso de poder político e compra de votos, entrou com recurso ordinário no TSE, alegando que o adversário distribuiu 100 tratores, 50 trilhadeiras, barcos, motosserras e equipamentos agrícolas, a um mês da eleição, além de material escolar com logomarca pessoal. Em Rondônia, o governador Ivo Cassol (PPS) é acusado pelo Ministério Público Eleitoral de ter distribuído pagamentos de R$ 100 para eleitores e cabos eleitorais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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