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Ricardo Barros admite negociar com o PMDB

O presidente estadual do PP, deputado federal Ricardo Barros, disse que as posições no partido estão distribuídas na proporção das pesquisas de intenções de votos.

“Temos adeptos de todas as possibilidades. Podemos conversar com o Pessuti, com o Beto, com o Osmar”, afirmou Barros. Já em relação ao PT, o PP faz um movimento de afastamento.

A pré-candidatura da presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, ao Senado, colidiu com os projetos do PP para uma aliança em 2010. Barros também postula uma vaga ao Senado.

“Eu tenho tarefas que recebo do partido. Precisamos de um acordo para coligação na disputa proporcional e uma vaga ao Senado. O PT não sinalizou com nenhuma dessas possibilidades”, disse.

No próximo dia 27, Barros será um dos participantes do jantar que a direção e os parlamentares do PP terão com a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência da República. A ministra busca reeditar a aliança com o PP para 2010.

Barros observou que esta é uma decisão que não sairá de um primeiro encontro. Mas disse que a posição nacional não influencia as articulações do partido no Estado. “A verticalização acabou”, disse o deputado, referindo-se à dispensa de os partidos obedecerem às composições nacionais nos estados.

Velhos amigos

Quanto ao PMDB, Barros disse que os caminhos estão abertos para negociações. “Por enquanto, não tem conversa formal. O PMDB ainda não nos convidou e nós não fomos procurar. Mas essa sempre foi uma possibilidade. O pai do Pessuti era um velho amigo do meu pai e, com o Requião, nós temos uma relação muito boa”, disse.

Com o PMDB, o PP poderia encontrar mais espaço para a candidatura de Barros já que o único candidato até agora a uma das duas vagas ao Senado é o governador Roberto Requião. “Não é má ideia fazer uma dupla para o Senado com o Requião. Pode ser uma dupla para estourar nas paradas de sucesso”, brincou Barros.

Com o PSDB, a conversa é mais difícil. No grupo que se articula em torno de uma candidatura do PSDB ao governo já estão quatro pré-candidatos ao Senado: o ex-governador João Elísio Ferraz de Campos, pelo DEM, o presidente estadual do DEM, deputado federal Abelardo Lupion, e o deputado federal Gustavo Fruet, do PSDB, além do deputado federal Alfredo Kaefer, também do PSDB.

Sem falar que os tucanos adoram disseminar a idéia de que se desistir de ser candidato ao governo para apoiar o PSDB, seja com o prefeito Beto Richa ou o senador Alvaro Dias para o governo, o senador pedetista Osmar Dias têm vaga cativa para concorrer a mais um mandato ao Senado.