A Secretaria da Administração informou ontem, 26, que a data de pagamento da reposição salarial de 6% para os servidores públicos será definida pelo governador Roberto Requião (PMDB), assim que ele sancionar a lei aprovada na semana passada pela Assembleia Legislativa. Até ontem, no início da noite, o projeto ainda não havia chegado à Casa Civil.
O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), reafirmou ontem que a decisão das bancadas do PT e de oposição atrasaram o pagamento. Mas reconheceu que, por enquanto, o reajuste ainda não tem o sinal verde da Secretaria da Fazenda.
Ele disse que logo depois do anúncio da reposição, os efeitos da crise econômica foram detectados no Paraná e o governador foi aconselhado a desistir da correção. Mas Requião preferiu manter a proposta.
Na sessão de ontem à tarde na Assembleia, o líder da oposição, Élio Rusch (DEM), reagiu às declarações de Romanelli. “O governador não paga porque não quer. Porque ele poderia implantar uma folha suplementar ou fazer uma nova folha”, disse.
O governo havia anunciado o pagamento do reajuste nos salários de maio. Mas a data não é precisa porque a lei vincula a aplicação do reajuste à disponibilidade de caixa do governo.
A lei também não obriga o governo a pagar a correção retroativa a maio. Rusch questionou como o governo irá aplicar os cerca de R$ 35 milhões que deixarão de ser gastos e que correspondem ao aumento da despesa mensal com a folha, após a aplicação do reajuste.