Requião convida Pimentel, que vai disputar o Senado

O governador Roberto Requião (PMDB) convidou ontem pela manhã o ex-governador, e empresário Paulo Pimentel para ser o candidato do partido ao Senado. Pimentel resolveu aceitar a convocação do governador depois de uma conversa que durou quatro horas, na Granja do Canguiri, e que contou com a presença do chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro.

Pimentel concorreu ao Senado nas eleições de 2002, na campanha em que Requião conquistou o governo do Estado. Ao final do encontro, Requião ligou para o presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, e para outros dirigentes peemedebistas, comunicando a aceitação do ex-governador em concorrer na eleição majoritária. Dobrandino confirmou ontem à noite que a candidatura de Pimentel já foi homologada pela executiva estadual do partido.

A escolha do PMDB se baseou também em pesquisas recentes, mostrando um bom desempenho de Pimentel na disputa ao Senado, que terá como um dos adversários o senador Alvaro Dias (PSDB). Além de Pimentel, o PMDB analisava outros nomes, como o do vice-governador, Orlando Pessuti, e o deputado federal Osmar Serraglio. O primeiro suplente de Pimentel será o ex-secretário de desenvolvimento urbano Renato Adur.

A executiva estadual do PMDB se reuniu ontem à noite para fechar a ata da convenção, completando a chapa de candidatura à reeleição de Requião. Segundo Dobrandino, se for confirmada a saída do PSDB da coligação, o partido vai para as eleições de chapa pura e o candidato a vice-governador – que numa coligação com o PSDB seria o deputado Hermas Brandão – será novamente Orlando Pessuti. Assim, nas eleições majoritárias o PMDB pode repetir a chapa que concorreu em 2002. "Ganhamos na primeira vez, ganharemos de novo", disse Dobrandino.

Dobrandino vê a decisão da executiva nacional do PSDB como uma manobra dos tucanos que eram contrários à coligação, que já era dada como certa. Mas, para o presidente estadual do PMDB, o partido não será afetado, caso não haja a desejada aliança. "Não afeta o nosso partido. Mas afeta o PSDB do Paraná, que fica mais rachado ainda", disse Dobrandino.

Até ontem, os peemedebistas cogitavam em fechar um acordo com o PSDB para lançar somente o senador Alvaro Dias. Mas, antes mesmo da Executiva Nacional do PSDB anular a convenção do partido no Paraná, o PMDB anunciava que teria candidatura própria ao Senado. Nos últimos dias, o PMDB consultou a Justiça Eleitoral e tinha sido autorizado a lançar uma candidatura independente do PSDB.

Segundo Pimentel, num cenário com dois candidatos ao Senado na coligação PMDB-PSDB, seria preciso analisar como funcionaria na prática a fusão dos partidos e suas respectivas campanhas. Pimentel disse que imaginava como se daria a divisão de palanque entre ele e Alvaro. "Ou ainda, entre Requião e Alvaro, que possuem posições políticas tão diferentes", afirmou o ex-governador.

Hoje a chapa completa do PMDB será anunciada oficialmente pela direção do partido, em uma reunião no Braz Hotel, no centro de Curitiba. Também será apresentada a chapa de candidatos a deputados federal e estadual. Na semana passada o partido realizou convenção, mas optou por transferir à Executiva a prerrogativa de homologação de todas as candidaturas, majoritárias e proporcionais. 

Voltar ao topo