PT quer eventual governo Dilma movido a conferências

Alvo de críticas da oposição, as conferências nacionais promovidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar dos temas mais diversos – de segurança alimentar a direitos humanos – ganharão peso num eventual governo da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

No documento que esboça as diretrizes para o programa da pré-candidata à sucessão do presidente Lula, um dos tópicos diz que as conferências “serão convocadas para subsidiar as políticas públicas do governo e suas iniciativas no Legislativo”.

Desde o primeiro mandato de Lula, em 2003, foram realizadas 65 conferências, mas poucas tiveram resultado prático. A última delas, de Direitos Humanos, passou incólume.

Em dezembro, porém, a terceira versão do Programa Nacional dos Direitos Humanos provocou crise no governo ao apresentar propostas polêmicas, como liberação do aborto e taxação de grandes fortunas.

Ao contrário das conferências, que serão reforçadas, programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família, “perderão a importância que têm”, segundo o documento petista, com o “crescimento acelerado” da economia.

No cenário idealizado pela coordenação da campanha de Dilma, haverá portas de saída para esses programas, porque o Brasil terá “mais empregos, renda e bem-estar social”. Mas o texto não diz como isso ocorrerá. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.