Eleição

PT escolhe nova direção no Estado

Dos 1,3 milhão de filiados do PT que vão eleger amanhã as novas direções do partido em todo o país, cerca de 65 mil estão no Paraná, onde quatro candidatos disputam a presidência estadual do partido.

O grupo que dirige o partido no Paraná lançou o atual secretário estadual de Planejamento, Énio Verri, para suceder Gleisi Hoffmann no comando da sigla. Os demais concorrentes, o deputado estadual Tadeu Veneri, o historiador Marcio Pessati e o professor Alfeu Capellari, conhecido como Cafu, pertencem às correntes minoritárias do partido.

Além dos presidentes estaduais, os filiados elegerão os integrantes dos diretórios de 240 municípios do Estado ainda o presidente nacional e os membros do diretório nacional.

Em 159 cidades, as comissões executivas são provisórias e não haverá eleição municipal. A eleição nacional tem seis chapas inscritas ao diretório e seis e candidatos à presidência.

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Tadeu Veneri: projeto próprio.

Na disputa estadual, dois pontos orientaram os debates internos: as dificuldades que a sigla encontra para se consolidar entre as grandes forças políticas do Estado e a posição que o partido adotará em relação à disputa eleitoral do próximo ano.

A atual direção trabalha por um acordo entre o PT e o senador Osmar Dias, pré-candidato do PDT ao governo. Este é o caminho defendido pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, Gleisi e a maioria dos deputados estaduais do partido.

O argumento é que o candidato pedetista impulsionaria a candidatura da ministra da Casa Civil à presidência da República. O entendimento é que o PT não tem um nome com densidade eleitoral suficiente para oferecer o palanque que a ministra precisa no Paraná, onde, historicamente, o presidente Lula nunca teve mais votos que os seus adversários nas eleições presidenciais.

Dissidências

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Pessati: corrente minoritária.

O grupo tem subdivisões. O deputado André Vargas defende aliança com o PMDB. O ex-prefeito de Londrina Nedson Micheletti e a secretária estadual do Ensino Superior, Lygia Pupatto, lançaram-se como pré-candidatos ao governo, no encontro estadual do partido, realizado em outubro.

As correntes mais à esquerda, que cercam as candidaturas de Pessati, Veneri e Capellari, defendem também uma candidatura própria do partido. Pessati, ligado ao deputado federal Dr. Rosinha, entretanto, tem evitado se posicionar sobre o apoio à candidatura do senador Osmar Dias. Já Rosinha, publicamente, tem defendido a candidatura de Lygia Pupatto.

Veneri propõe que o partido dispute a eleição para o governo com projeto e candidatura própria. Para o deputado petista, somente um nome do PT poderia envolver a militância e mobilizar o partido para a candidatura da ministra à presidência da República.