PT define linhas de ação para as eleições

O presidente estadual do PT, deputado André Vargas, o deputado Angelo Vanhoni, os prefeitos Nedson Micheleti (Londrina) e Péricles de Mello (Ponta Grossa) e outros pré-candidatos do partido no Paraná estão desde ontem em São Paulo participando da Conferência Nacional de Estratégia Eleitoral do PT.

O encontro está discutindo como será a condução da campanha dos candidatos do partido na disputa eleitoral deste ano às prefeituras e Câmaras Municipais. O encontro irá definir linhas de uma ação eleitoral comum em todo o país.

Vargas disse que uma das preocupações centrais do partido é a tentativa de os adversários transformarem a disputa num julgamento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Os nossos adversários vão querer federalizar o debate. Nós não vamos fugir da questão federal, mas também vamos querer debater o município”, afirmou.

Na avaliação de Vargas, o desempenho do governo Lula irá influenciar na performance dos candidatos do partido, mas não será determinante para a eleição. “O impacto do governo será sentido, mas não se trata de uma influência absoluta”, disse o deputado.

Pré-requisitos

Para o presidente estadual do partido, a influência, para o bem ou para o mal, do governo federal é relativa e vai depender das condições que o PT conseguir construir em cada cidade para disputar a eleição. “O resultado da eleição não depende do governo federal. Para vencer uma eleição tem que ter um bom candidato, um bom programa e uma boa aliança. Não adianta querer atribuir derrotas ao governo federal se o candidato não tem nenhuma destas outras condições”, afirmou.

Vargas afirmou ainda que uma das principais orientações do partido a seus candidatos é o conhecimento dos problemas locais. “Quem quiser vencer tem que ter uma boa interpretação da cidade. Detectar o desejo ou não de mudança junto ao eleitor. Em uma cidade como Curitiba, essa vontade da mudança é cristalina”, citou.

De acordo com o presidente do partido, o momento é de defesa do governo Lula. “Todos nós, deputados, senadores, nos elegemos na onda Lula. Tivemos nossos votos, mas fomos ajudados pelo prestígio do Lula. Então, agora é a hora de dar a contrapartida. O Brasil estava indo ladeira abaixo e agora está começando a subir. E não podemos ter pessoas tentando segurar para impedir que o nosso caminhão suba”, disse.

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