PSDB do Paraná oficializa candidatura de Beto Richa

O PSDB oficializou ontem a candidatura do vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa, ao governo do estado nas eleições 6 de outubro, em convenção realizada no início da noite, na sede do partido em Curitiba, com a participação dos integrantes da comissão executiva e dos deputados estaduais e federais tucanos.

A convenção deixou em aberto as vagas dos candidatos a vice-governador e ao Senado, que deverão ser indicados pelo PFL e PPB. Beto Richa foi o primeiro candidato ao governo a ter seu nome aprovado em convenção.

Os tucanos também formalizaram a chapa de candidatos à Assembléia Legislativa e Câmara Federal. A proposta aprovada pelos tucanos é de montar uma chapa proporcional única com o PFL, PTB e o PSL. Os tucanos têm 40 candidatos a deputado estadual e 25 candidatos a deputado federal. No chapão com os outros partidos, seriam 108 candidatos à Assembléia Legislativa e sessenta à Câmara Federal.

A composição da chapa majoritária encabeçada pelo tucano depende do resultado da convenção do PFL, marcada para amanhã. Beto disse estar certo de que terá o apoio do PFL. “De acordo com o que tenho conversado com deputados do partido, com certeza vai prevalecer a tendência da maioria”, afirmou. A coligação com o PFL está condicionada à vitória na convenção do grupo contrário à pré-candidatura do deputado federal Rafael Greca ao governo.

Os tucanos vão apresentar hoje, na reunião extraordinária da direção estadual do PFL, a proposta de coligação, oferecendo a candidatura a vice-governador aos pefelistas e deixam para a negociação com os aliados as duas vagas ao Senado. Para fechar a coligação com o PSDB, o PPB exige candidatura única ao Senado. O PPB lançará o deputado estadual Toni Garcia para concorrer à vaga.

A vice-governadora Emília Belinati apresentou sua pré-candidatura na reunião da executiva estadual do PFL , realizada na segunda-feira passada, criando um desconforto entre tucanos e pepebistas. Uma ala do PFL não aceita dar exclusividade para o PPB na disputa para o Senado. Beto disse que a decisão sobre os nomes será dos partidos. “O PSDB não vai interferir”, afirmou.

Se a proposta de aliança com o PSDB for aprovada na convenção do PFL, três nomes são cogitados para preencher a vaga de vice-governador: o ex-secretário de desenvolvimento urbano Lubomir Ficinski, o deputado federal Werner Wanderer e o deputado estadual Élio Rusch.

Um setor do PSDB têm preferência pela indicação de Wanderer, cujo reduto eleitoral e está concentrado na região Oeste do estado, onde o tucano Beto Richa tem pouca penetração. O deputado federal, entretanto, hesita em aceitar o convite e ainda mantém sua candidatura à reeleição. O principal argumento contra a escolha de Ficinski é a localização da sua base eleitoral. Ficinski é um nome de Curitiba da mesma forma que Beto Richa. Os tucanos acham que um nome do interior expandiria o potencial eleitoral da chapa para o governo.

Incidente

A convenção de ontem foi marcada por uma polêmica. O nome do deputado federal Luiz Carlos Hauly não constava da lista de candidatos do partido à Câmara federal. Ele disse que protocolou o pedido na semana passada. “Foi uma surpresa. Gostaria que respeitassem minha candidatura. Não cometi nenhuma infração contra o partido. Campanha política é a arte de somar e não de dividir”, disse. Membro da executiva estadual, Hauly foi presidente do partido quando o senador Alvaro Dias renunciou ao comando do PSDB, no ano passado, mas não acompanhou-o quando o senador deixou a legenda. O presidente do partido, Basilio Villani, não justificou o problema e disse que vai resolver o impasse mais tarde.

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