PSDB decide hoje entre Osmar e Requião

O PSDB decide hoje, no voto, se fará uma aliança com o PMDB para apoiar a reeleição do governador Roberto Requião, ou se o partido fica liberado para declarar apoio à candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao Palácio Iguaçu. Apesar das tentativas de uma ala do partido de remeter a decisão à direção nacional, o conselho político do diretório nacional preferiu deixar que os tucanos paranaenses encontrassem sozinhos seus rumos.

A dúvida que ainda permanece é se a participação do partido na sucessão estadual será definida pelos cerca de quinhentos delegados à convenção, ou se ficará restrita aos treze integrantes da executiva estadual. O primeiro item para votação na pauta da convenção, que começa hoje às 14 horas, na sede do partido, no Centro Cívico, em Curitiba, é a proposta para que o diretório delegue à Executiva a palavra final.

Neste embate, de um lado estão o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, e outros seis deputados estaduais, defendendo a aliança com o PMDB. Na outra trincheira estão o senador Alvaro Dias e o presidente estadual do partido, Valdir Rossoni, propondo a coligação informal com o PDT, para apoio à candidatura do senador Osmar Dias ao governo.

Brandão defendia que os delegados escolhessem no voto a posição do partido, mas depois de uma conversa, por telefone, com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, aceitou um acordo, aceitando a transferência da decisão para a Executiva, se a proposta for aprovada pela maioria dos convencionais. Ele disse ainda que concordaria em sair da disputa para a vaga ao Senado, também postulada por Alvaro, para facilitar um desfecho pacífico ao processo.

Irreversível

O presidente estadual do PSDB pretendia deslocar a decisão para o comando nacional do partido. Rossoni disse que há uma resolução nacional determinando que as alianças estaduais sejam submetidas ao crivo da direção do PSDB, em Brasília. Ele acha que, independente do resultado da convenção de hoje, o PSDB estadual enfrentará a eleição dividido. "Quem ia apoiar o Osmar, vai apoiar. Quem ia com o Requião, vai com o Requião. O partido vai rachar de qualquer jeito", comentou.

Brandão disse que está pronto a aceitar a decisão da convenção. Mas registrou que sua decisão de apoiar o governador Roberto Requião está tomada.

O deputado tucano ameaçou recorrer à Justiça se houvesse interferência da direção nacional para definir a posição do partido. "Um partido que tem social-democrata no nome não pode fazer as coisas assim. A convenção tem que ser democrática e o partido tem que respeitar o resultado", disse o deputado, que é também vice-presidente estadual do partido.

Voltar ao topo