Prefeitos da Amuvi querem vilas rurais no novo governo

Os 26 prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Vale do
Ivaí (Amuvi) entregaram aos candidatos ao governo uma “Carta Aberta” com as principais reivindicações da região. Em uma delas, os prefeitos pedem que o novo governo garanta a mesma assistência técnica e de saúde atuais para as famílias que vivem nas vilas rurais da região.

No documento, os prefeitos afirmam que o programa Vila Rural beneficia praticamente todos os municípios do Vale do Ivaí. Algumas cidades da região chegam a ter até três vilas rurais e a primeira delas, a Nova Ukrania, fica em Apucarana. Para os prefeitos, o futuro do programa é algo que interessa a milhares de pessoas hoje beneficiadas por ele. 

O prefeito de Cambira e presidente da Amuvi, Sidney Bellini (PSDB), lembra que essa foi a primeira vez que um programa foi destinado aos trabalhadores rurais volantes, os chamados bóias-frias. “Por isso estamos fazendo questão de entregar este documento aos candidatos e cobrar deles um compromisso público em relação ao programa”, afirma Bellini. Em seu município, foi construída a Vila Rural Luiz Beleze, que atende 23 famílias. 

Para o prefeito de Apucarana, Valter Pegorer (PFL), o programa demonstrou sua eficiência na tarefa de promover a qualidade de vida entre os bóias-frias. “Além dos efeitos de curto prazo, traduzidos na melhoria da qualidade de vida das famílias e aumento da renda, as vilas rurais estão provocando o repovoamento gradativo do campo. E o que é mais importante: de forma pacífica”, argumenta Pegorer. Foi em sua primeira gestão, no ano de 1995, que o governador Jaime Lerner e o secretário da Habitação, Rafael Dely, receberam o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso para inaugurar a Nova Ucrânia, a primeira Vila Rural do Paraná. 

Até o final de 2002, o Paraná terá 412 Vilas Rurais, em 276 municípios. As famílias moram em casas de alvenaria com 44 metros quadrados (m²) e plantam em lotes de 5 mil m². Os vileiros recebem assistência técnica, garantindo uma agricultura de subsistência durante todo o ano.

Para atender a cada família, os órgãos gestores do programa, que incluem as
prefeituras e a secretaria da Agricultura e Abastecimento, investem R$ 12
mil.

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