O prefeito de Guaratuba, José Ananias dos Santos, foi alvo de uma manifestação de servidores do município que não aceitaram o retorno dele ao cargo. Os manifestantes também pediram punição aos acusados de irregularidades na cidade. Houve passeata e manifestação em frente à prefeitura e à Câmara de Vereadores. Alguns dos organizadores da manifestação reclamam que estão sofrendo perseguição política.
Santos ficou quase seis meses afastado do cargo, acusado de improbidade administrativa. Ele reassumiu em junho, depois de conseguir derrubar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) a liminar impedindo-o de continuar à frente da prefeitura. Ele está sendo acusado de usar dinheiro do Fundef (que só pode ser empregado no ensino fundamental) para pagar salários de funcionários comissionados. Haveria ainda superfaturamento e realização de obras sem licitação. As irregularidades estão sendo apuradas, mas o STJ entendeu que o prefeito deve continuar no cargo.
O prefeito mandou abrir processo administrativo contra três funcionárias: Jane Mari Gomes da Silva, Emanuelle Aparecida Guimarães Correia e Roseli Aparecida Barbosa. Todas são acusadas de desacato à autoridade e de atuar politicamente no local do trabalho. Emanuelle Correa ainda está sendo processada por agressão a um vereador. Roseli Barbosa é acusada de ter cometido faltas sucessivas ao trabalho e Jane Mari Gomes da Silva estaria inabilitada para exercer a profissão de psicóloga na prefeitura. O vereador Antônio Emílio classifica os processos contra as funcionárias de perseguição política. Ele ainda acusa o prefeito de relocar servidores que não o apóiam para outros setores.
Defesa
José Ananias dos Santos disse que o processo administrativo foi instaurado porque os servidores cometeram repetidos abusos, em prejuízo à administração pública. Ele nega que esteja retaliando seus desafetos.