PMDB instala a Comissão de Ética

Criada em dezembro do ano passado, a comissão de ética do PMDB do Paraná será instalada amanhã, 4, durante a reunião semanal da executiva estadual do partido. O descompasso de posições na bancada estadual e o pedido de expulsão do deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior apressaram a entrada em funcionamento da comissão, que será responsável pela análise dos casos de indisciplina e infração às regras internas do partido pelos filiados, com ou sem mandato. 

Stephanes vai inaugurar a comissão, mas as lideranças do partido já sinalizam que a expulsão não é o desfecho mais provável. ?O deputado já refletiu sobre sua postura. Ele admite que extrapolou e que foi uma situação momentânea. Ele vai pedir que o caso dele seja reconsiderado?, amenizou o presidente estadual do PMDB, Renato Adur.

O secretário-geral do partido, João Arruda, disse que ?o PMDB será duro, mas sem perder a ternura?. Arruda também afirmou que o deputado terá direito à ampla defesa, embora o partido não abdique de aplicar o estatuto. Na reunião da executiva estadual, serão empossados os integrantes da comissão de ética. Nela, estão o presidente da Juventude do PMDB de Curitiba, Rafael Xavier, o ex-vereador de Curitiba Ivan Ribas, Heitor Wallace de Mello e Silva, o vereador de São José dos Pinhais, Ailton Alves de Oliveira (Fenemê), e os filiados Márcio Carvalho, Luiz Pedro Di Lucca e Ronald Oliveira.

Adur disse que a direção do partido vai conversar com os líderes da bancada, Waldyr Pugliesi, e do governo, Luiz Cláudio Romanelli, para tentar ajustar os canais de diálogo com os deputados e a executiva. ?Vamos ver, como nós podemos ajudar e ver o que os líderes dos partidos e do governo esperam da executiva?, disse. Segundo Adur, no caso de Stephanes, faltou conversa. ?Cada parlamentar tem sua responsabilidade. Ali, no caso, ele (Stephanes) se exaltou, foi uma situação momentânea. Ele não imaginou que uma atitude afoita pudesse ter um desdobramento maior junto à bancada?, disse.

Para Adur, embora alguns deputados tenham manifestado solidariedade a Stephanes Júnior, o caso do filho do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, é isolado e não reflete um processo de fragmentação interna. ?Pode haver uma insatisfação ali, outra lá, com alguma ação de governo, mas não com o partido. Nós nunca estivemos tão bem, com tanta gente nos procurando para se filiar?, disse.

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