O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) voltou a cobrar dos deputados estaduais do PMDB compromisso com sua pré-candidatura ao governo do Estado, definida no encontro regional do partido e referendada nas convenções municipais.
Mesmo tendo passado duas semanas na Europa, entre os dias 27 de outubro e 7 de novembro, o vice afirmou estar informado do que aconteceu no cenário político local, “embora, na política, mesmo quando a gente está presente, não consegue perceber tudo o que acontece” e classificou como manifestação de interesse pessoal a opinião de alguns deputados do PMDB que defendem aliança ao invés de candidatura própria.
“Cada um dos nossos deputados tem o direito de imaginar o que possa ser melhor no ponto de vista da disputa. Se é mais fácil se reeleger com este ou aquele cenário. Mas essa análise é feita pelo ponto de vista do interesse pessoal e nós do PMDB temos que respeitar as decisões do partido”, disse. “O PMDB tomou uma decisão que é a candidatura própria, a pré-candidatura de Orlando Pessuti e é nessa direção que os peemedebistas, principalmente detentores de mandato, têm que se pautar. Qualquer desvio de conduta é ferir o nosso código de ética, é ferir nosso estatuto, e pode ser repreendido”, declarou.
Para Pessuti, a divergência de opiniões é natural e ocorre em todos os partidos, mas também têm de ser resolvidas internamente. “Ninguém está impedido de pensar e de ter opinião diferente, mas não com manifestações públicas. As pessoas têm espaço para isso no partido. Senão, o principio e o preceito da fidelidade partidária deixa de existir”, disse.
O vice disse não acreditar que o período fora do país tenha esfriado a construção de sua candidatura. “Enquanto estávamos lá, nosso pessoal seguiu com a articulação. Se de um lado estávamos perdendo algo no campo das articulações, ganhamos mostrando à população o resultado de nosso trabalho fora do país”, comentou, dizendo ter trazido bons resultados das reuniões na Itália e em Portugal, como investimentos em energia renovável, tecnologia para a agropecuária, parceira e intercâmbio para as universidades estaduais e criação de linha aérea Curitiba-Lisboa.
Pessuti elogiou a iniciativa do governador Roberto Requião (PMDB) de convocar reunião de lideranças do PMDB em resposta à aliança nacional formalizada entre as direções de PT e PMDB.
“Pelo menos para saber dos líderes do partido que rumos queremos para o ano que vem, já que eles não foram ouvidos”, disse. O vice também classificou como natural a reaproximação do governo com a prefeitura de Curitiba, com o perdão da dívida da CIC e a ação conjunta na Vila Icaraí. “Sempre defendi que o governo tivesse relação de trabalho com o município de Curitiba. Não só defendi como pratiquei, quando assumi a presidência do comitê pela Copa 2014. As questões eleitorais têm de ficar fora dessa discussão. Nessa semana mesmo, em Cascavel, levei ao prefeito Edgar Bueno (PDT) ordem de serviço de R$ 3,6 milhões. Ele é coordenador da campanha de Osmar Dias (PDT) e sem nenhuma relação de amizade com o PMDB”, afirmou.