O governador Orlando Pessuti (PMDB) anunciou ontem os novos secretários de Agricultura e Meio Ambiente. Erikson Camargo Chandoha deixa a chefia do núcleo regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de Campo Mourão para ser o novo secretário da Agricultura.
Já o novo titular da Secretaria do Meio Ambiente é Jorge Augusto Calado, ex-diretor de Saneamento Ambiental da Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental.
Com a indicação do secretário especial de Chefia de Gabinete do ex-governador Roberto Requião (PMDB), Carlos Moreira Junior, para a Secretaria da Saúde, já são três as substituições feitas por Pessuti na equipe.
Até agora, o novo governador apenas preencheu as vagas deixadas pelos secretários que se demitiram para concorrer às eleições de outubro. No total, são vinte e cinco cargos de chefias que eram ocupados pelos futuros candidatos que deixaram o governo.
Na próxima etapa, Pessuti parte para a troca de nomes que herdou de Requião nas secretarias de Comunicação, Casa Civil, entre outras áreas onde pretende nomear pessoas da sua confiança.
Na Secretaria de Segurança, Pessuti deve substituir Luiz Fernando Delazari. Ontem, ele conversou com o delegado da Polícia Federal Reinaldo Almeida Cesar, filho de um antigo peemedebista o ex-deputado Djalma de Almeida Cesar.
Rebanho
O novo governador também não escolheu ainda o líder do governo na Assembleia Legislativa. Pessuti consultou o deputado Nereu Moura sobre a possibilidade, mas o peemedebista sugeriu que mantenha o deputado Luiz Claudio Romanelli na posição.
Para Moura, seria uma forma de harmonizar o partido, que se desdobrou na ala pró-candidatura de Pessuti ao governo e no grupo que prefere apoiar a candidatura do ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB).
“Se o Romanelli vestisse a camisa da candidatura do Pessuti, seria bom que ficasse na liderança. Acho que é hora de buscar as ovelhas desgarradas. E o Pessuti, como bom pastor, poderia tentar reunir novamente o rebanho”, brincou Moura.
Embora Pessuti e Romanelli ainda não tenham conversado sobre a possibilidade, o deputado peemedebista já descartou a permanência na função. “Eu nunca fui uma ovelha desgarrada. As pessoas podem não querer se lembrar, mas quem propôs que o Pessuti assumisse a candidatura própria fui eu. Depois, as circunstâncias demonstraram que era interessante dialogar com o PSDB, assim como com o PDT. Acho que a decisão de ser candidato é do Pessuti. Se ele for candidato, terá meu apoio integral”, afirmou.