Partido se fragmenta em grupos

O diretório estadual do PT reuniu-se ontem, em Curitiba, para uma discussão mista entre burocracia e política. Contas internas e recursos de filiados se misturaram a uma análise de conjunturas estadual e nacional. O partido esteja em fase preparatória do processo de eleição direta que vai eleger os diretórios nacional, estaduais e municipais, em setembro. No Paraná, há sinais de que a disputa dividirá o partido em quatro grupos. O majoritário, da tendência Unidade na Luta, decidiu apoiar a reeleição do deputado estadual André Vargas, que comanda o partido há dois anos. A oposição a Vargas conversa sobre uma composição para tentar uma candidatura única, mas por enquanto, há quatro vertentes e alguns nomes.

A Democracia Socialista, corrente liderada no estado pelo deputado federal Dr. Rosinha, lançou o nome do vice-presidente estadual do diretório, Márcio Pessati. Já a tendência Movimento PT, encabeçada pelo secretário do Trabalho, Emprego e Ação Social, Padre Roque Zimermmann, discute vários nomes. Além de Padre Roque, cogita-se a candidatura do deputado estadual Padre Paulo e do ex-prefeito de Maringá, João Ivo Calefi. A terceira vertente está construindo a candidatura do deputado estadual Tadeu Veneri, vinculado aos grupos independentes, os sem-tendência.

O presidente do diretório estadual do PT, deputado estadual André Vargas, representante do campo majoritário disse que as alas à esquerda do partido estão se fragmentando a exemplo do que ocorre no plano nacional, onde o presidente nacional, José Genoino, é candidato à reeleição, tendo como concorrentes Walter Pomar, da tendência Articulação de Esquerda, e Raul Pont, pela Democracia Socialista. A candidatura do advogado Plínio de Arruda Sampaio ainda é discutida por outros grupos.

O debate sobre o comando do diretório sai junto com o dilema da candidatura própria ou aliança com o PMDB. Grupos próximos ao governador Roberto Requião (PMDB) querem adiar a discussão até o encontro nacional. 

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