País discute como financiar aquisição de armamentos

O governo brasileiro espera fechar até sexta-feira, em Paris, a forma de financiamento para a compra de helicópteros Cougar EC-725 e submarinos Scorpène e para a construção de uma base naval no Rio de Janeiro, contratos firmados dentro da parceria estratégica com a França. Os acordos estão sendo discutidos com representantes da Companhia Francesa de Seguros para o Comércio Exterior (Coface) e com o banco privado BNP Paribas, sob a bênção do governo francês. As negociações foram retomadas ontem na Embaixada do Brasil e buscam equacionar detalhes sobre taxas de juros e comissões.

A construção dos 51 helicópteros pesados Cougar EC-725, que serão montados na subsidiária da Eurocopter no Brasil, a Helibrás, e os quatro submarinos convencionais Scorpène, além do casco de submarino de propulsão nuclear, produzidos pelo estaleiro DCNS, deverão ser financiados em 70% pela Coface. Embora o custo não seja divulgado, estimativas indicam que os dois contratos chegam a R$ 23 bilhões – R$ 6 bilhões para os helicópteros e R$ 17 bilhões para os submarinos.

Outro objetivo do Ministério da Defesa é concluir a análise da proposta de financiamento do estaleiro para a construção de submarinos, cujo custo estimado é de R$ 3 bilhões. As conversações estão em curso com o Coface e com o banco.

Além de questões financeiras, foram eliminadas dúvidas que restavam sobre a tecnologia embarcada dos submarinos e helicópteros. “Tínhamos deixado uma lista de pendências técnicas com a DCNS. Resolvemos todas em relação aos submarinos e também as pequenas pendências que tínhamos em relação aos helicópteros”, afirmou o ministro da Defesa, Nelson Jobim.