Nome de Moreira está na lista do TCE

Apesar da liminar concedida quinta-feira pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o pré-candidato do PMDB à Prefeitura de Curitiba, Carlos Moreira Júnior, ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, acabou tendo seu nome publicado na lista dos gestores de recursos públicos com contas desaprovadas pelo TCE, entregue na quinta-feira ao Tribunal Regional Eleitoral com o objetivo de servir de ferramenta de auxílio aos juízes que concederão, ou não, o registro eleitoral aos pretensos candidatos nas eleições de outubro. A reportagem teve acesso à lista com 976 nomes na noite de ontem.

O nome de Moreira apareceu na lista por conta de irregularidades na prestação de contas de um repasse de de R$ 73.445,13 da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) à UFPR, mas o ex-reitor recorreu da decisão e conseguiu liminar na sessão plenária do TCE, horas antes da entrega da lista. Com a liminar, o ex-reitor está livre do risco de ter o registro negado pelo TRE.

Recheada de gestores de associações de bairros e fundações do terceiro setor, como o Clube de Mães Santa Rosa de Lima de Medianeira, que errou na prestação de contas de um repasse de R$ 2 mil, a lista do Tribunal de Contas não revela muitos nomes de políticos importantes no estado.

Entre os nomes de maior destaque estão o do deputado federal Alceni Guerra (DEM), o ex-governador Mario Pereira e o ex-prefeito de Maringá, Jairo Gianotto, que não deverão concorrer a nenhum cargo em outubro.

Entre os pré-candidatos, consta na lista o nome do ex-diretor do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), do governo do Paraná, Aldair Rizzi (PMDB), que licenciou-se do cargo na semana passada para disputar a Prefeitura de Pato Branco. Rizzi consta na lista devido à desaprovação das contas do Fundo Paraná, gerido pelo Instituto, nos anos de 2003 e 2004.

Constam ainda os nomes de Derli Antonio Donin, candidato à vice-governador em 2006 na chapa de Osmar Dias (PDT), por contas da Prefeitura de Toledo, cargo que exerceu entre 1997 e 2004, do ex-prefeito de Paranaguá, Carlos Antônio Tortato, do ex-secretário do trabalho, Padre Roque Zimermann, e do ex-diretor da Imprensa Oficial no governo Lerner, o escritor e crítico literário Miguel Sanches Neto.

O fato de constar na lista não torna nenhum político inelegível. Os dados serão encaminhados aos juízes responsáveis pelo registro eleitoral em cada município para, no caso de pedido de registro de um dos nomes que constam na lista, seja julgado caso a caso. Só é considerado inelegível o candidato que tiver sentença condenatória transitada em julgado (sem possibilidade de recurso).

?Os juízes eleitorais levarão em conta se as irregularidades são sanáveis ou não?, antecipou o juiz da 1.ª Zona Eleitoral, responsável pelos registros em Curitiba, Roberto Antônio Massaro.

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