Montagem de equipe provoca turbulências

Enquanto o governador eleito, senador Roberto Requião (PMDB), estiver descansando no Ceará por um período de cerca de dez dias, seus aliados estão liberados para discutir nomes e articular indicações para compor a equipe.

Na volta, Requião vai analisar as sugestões e dar a palavra final sobre as indicações. O processo de listagem dos nomes já está a pleno vapor não apenas no PMDB, mas também nos demais partidos aliados, sobretudo o PT e o PPS.

Além dos três nomes já anunciados – o vice-governador eleito, Orlando Pessuti (Agricultura), Heron Arzua (Fazenda) e Mauricio Requião (Educação) – nenhuma outra escolha está sacramentada. Ontem, as especulações versavam sobre o titular da Cultura, pasta que nunca foi muito cobiçada – o orçamento deste ano é de R$ 52 milhões – mas que desta vez já está gerando disputas. O Estado apurou que o deputado estadual Angelo Vanhoni (PT) foi sondado para o cargo.

Vanhoni não confirmou e nem desmentiu o convite. Questionado sobre a indicação, o deputado se esquivou. “Não vou responder a esta pergunta. O que temos é que o governador eleito vai convidar alguns membros do PT para o governo”, disse. Segundo o petista, não cabe ao seu partido fazer indicações, mas sim esperar pelo convite formal de Requião. “O governador eleito não tem a obrigação de aceitar nenhum nome apontado pelo PT. E nem o nosso partido tem esta expectativa, porque o apoio que demos ao Requião não foi feito com base em troca de cargos. Nunca houve esta premissa”, disse.

Mas outro setor do PT, comandado pelo prefeito de Londrina, Nedson Micheletti, teria feito outra indicação, a do secretário municipal da Cultura da cidade, Bernardo Pellegrini. O PMDB também teria um nome para o posto, o da militante e antiga colaboradora de Requião Vera Mussi. O PPS e o Fórum Estadual da Cultura teriam oferecido o nome de outro ex-colaborador do senador, o radialista Claudio Ribeiro.

Ontem à noite, a direção estadual do PT iria se reunir com os deputados estaduais e federais eleitos para definir algumas posições sobre o futuro governo. Entre outros assuntos, também estará em discussão a participação do partido na eleição para a mesa executiva da Assembléia Legislativa. O PT elegeu a maior bancada da Casa, com nove deputados.

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