Num cenário de mais de um milhão de eleitores e 400 locais de votação, a Escola Municipal Governador Leonel de Moura Brizola, no Tatuquara, se destaca nas eleições curitibanas por receber o menor número de votos.
No local, que fica na Rua Antônio Zanon, votam 224 eleitores e apenas uma urna é o suficiente para atender a demanda da sessão eleitoral. ‘Como é uma escola nova e é a primeira vez que é usada como local de votação, ainda tem poucos eleitores‘, afirma Rodrigo Camargo, 1º secretário da mesa de votação.
Segundo os mesários, pela manhã apenas cerca de 60 pessoas foram à escola votar e a procura maior era para fazer justificativa do voto. ‘O andamento da votação é muito tranqüilo. Quase não teve filas e o pessoal que veio votar não está tendo problema com a urna eletrônica‘, afirma Camargo.
O aposentado Domingues Paludo, de 67 anos, mora no Tatuquara, mas nas eleições anteriores sempre votava em colégio no Sítio Cercado. Ele conta que soube apenas no dia da votação que a Escola Municipal Governador Leonel de Moura Brizola era local com menos concentração de eleitores em toda Curitiba. ‘Quando cheguei aqui e vi o local vazio, quase sem fila. Nem acreditei.Foi pura sorte‘, conta.
Outro lado da moeda
Se na Escola Municipal Governador Leonel de Moura Brizola, no Tatuquara, o andamento das eleições era tranquilo, no Cajuru o cenário era bem diferente. No Colégio Estadual Senhorinha de Moraes Sarmento, que é o local de votação de 8.044 eleitores, a movimentação foi intensa durante todo o dia.
Além do entra e sai constante dos eleitores durantes o horário de votação, o local também ficou marcado pelo excesso de santinhos eleitores jogados nas ruas próximas ao colégio.
Os papeis com as propagandas dos candidatos tomaram as ruas em um raio de quatro quadros ao redor do colégio. O vigia aposentado Nelcio Araujo dos Santos vota no há mais de 30 anos. Ele conta que nunca viu tanta sujeira espalhada no Colégio Estadual Senhorinha de Moraes Sarmento.
‘A gente aguenta fila, urna com problema e tudo mais. Mas essa papelada é uma vergonha. Deviam multar pesado cada candidato que faz esse tipo de coisa. É uma vergonha‘, desabafa.