Líderes do PT na Câmara reagem a críticas do PSDB

O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), e o líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reagiram ao documento do PSDB divulgado hoje. Disseram que os tucanos estão “fora da realidade” e “distantes do povo brasileiro”. Teixeira lembrou que o governo da presidente Dilma Rousseff aparece nas pesquisas de opinião com índices de 80% de aprovação da população.

“A análise de conjuntura do PSDB demonstra a distância que o partido tem do povo brasileiro. Para eles (tucanos), o Brasil está mal. Essa é uma direção oposta à das ruas. O povo brasileiro aplaude o governo da presidente Dilma Rousseff, porque está enfrentando os problemas do País”, disse Teixeira.

No mesmo sentido, Cândido Vaccarezza afirmou: “O PSDB está divorciado da realidade e do povo brasileiro”. O líder governista disse que os tucanos mostram “desespero” quando falam de crise energética e de infraestrutura. “Em 2002, o Brasil viveu a maior crise na área de energia. As pessoas eram proibidas de tomar dois banhos por dia e as casas tinham de ficar com as luzes apagadas à noite”, criticou.

Vaccarezza acusou também os tucanos de estarem distantes do povo brasileiro ao falarem de descontrole da economia. “No governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o Brasil foi socorrido pelo Fundo Monetário Internacional por duas vezes, em 1998 e em 2002”, reagiu Vaccarezza. Em defesa do atual governo, Paulo Teixeira afirmou que a presidente Dilma tem executado políticas que atacam os problemas inerentes do desenvolvimento brasileiro.

No documento de análise da conjuntura divulgado hoje, o Conselho Político do PSDB faz duras críticas ao governo da presidente Dilma e ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na avaliação dos tucanos, Lula deixou uma “herança maldita” que atrapalha o crescimento do Brasil.

O PSDB pontua a crítica atacando o tripé macroeconômico do governo – “a carga tributária mais alta do mundo em desenvolvimento, a maior taxa de juros reais de todo o planeta, ainda em ascensão, e a taxa de câmbio megavalorizada” – ressaltando os problemas de infraestrutura, saneamento, saúde e educação e apontando falta de planejamento e de capacidade executiva.

“Sem poder reclamar publicamente da herança recebida, o novo governo promete que vai enfrentar os desafios, mas mostra falta de convicção e de rapidez, além de desorientação em matéria de prioridades, cujo símbolo maior é o trem-bala SP/RJ, sem dúvida o projeto de investimento mais alucinado de nossa história, não só pela precariedade técnica e pela inviabilidade econômico-financeira, como também pelo volume de recursos que exigiria”, cita o documento, entre outras críticas.