Líderes admitem que situação é ‘dramática’ no Senado

Diante da iminente derrota no Senado, o governo reabriu as negociações com o PSDB e DEM, desta vez, para que a discussão sobre a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) seja transferida para o próximo ano, informaram líderes da base aliada. Segundo esses líderes, a "situação é dramática". Por isso, o cresce no governo a percepção de que é concreta a possibilidade de não votar amanhã a emenda que prorroga o tributo. Somente um fato inusitado poderia reverter essa tendência, que se mostra, neste momento, majoritária entre os líderes governistas.

As negociações continuam e até mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também está colocando seu empenho pessoal para tentar a reverter a situação. O governo avança, cada vez mais nas concessões. Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu ao governador Ivo Cassol (sem partido) que o Banco Central deverá assumir a dívida de R$ 600 milhões do Banco do Estado de Rondônia, o que favoreceria a situação financeira do Estado. Para o governo estadual, essa dívida é reconhecida pelo TCU como de responsabilidade do Banco Central.

Apesar da promessa, o governo não conseguiu virar o voto do senador Expedito Junior (PR-RO), que já se comprometeu com a oposição a votar contra a CPMF. Expedito esteve reunido com Cassol, que reforçou os apelos do governo para que ele mudasse seu voto. O governador deve ter nova reunião hoje com o ministro Mantega.

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