O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, comentou que o julgamento amanhã do pedido de extradição do italiano Cesare Battisti deve ser longo.
“É um caso juridicamente e politicamente importante. O Tribunal vai conduzir com a adequada seriedade. Vamos começar às 9 horas, pois temos a expectativa de que o debate eventualmente se alongue.” O relator do caso Battisti é o ministro Cezar Peluso.
Mendes deu a declaração hoje, ao participar nesta manhã da missa de sétimo dia do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, na Igreja Nossa Senhora do Carmo, no centro do Rio de Janeiro.
Além de Mendes, também compareceram o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Cesar Asfor Rocha, o ex-governador do Rio (1995 a 1999) Marcello Alencar e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, entre outras autoridades e empresários.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos ocorridos entre 1977 e 1979. O governo italiano pediu a extradição dele depois que Battisti foi preso em março de 2007 no calçadão da Praia de Copacabana, na zona sul do Rio.
A prisão foi uma ação conjunta da Polícia Federal (PF) com agentes italianos e franceses. Battisti estaria vivendo no Brasil desde 2004. Desde a detenção, ele está no presídio de Brasília onde aguarda a decisão do STF.