Ex-comandante do Corpo de Bombeiros desabafa

Incongruente com sua atuação durante 33 anos no Corpo de Bombeiros (CB). Assim o coronel Ivaldo Marchesi, ex-comandante-geral da corporação, caracterizou a situação que o fez ser exonerado do cargo, no início da Operação Verão. ?Sempre combati a incompetência e a corrupção. Isso que o governador Requião está fazendo agora eu tento fazer desde o início da carreira?, afirmou, dando sensíveis demonstrações da mágoa que está sentindo por ter sido afastado do cargo.

Marchesi participou ontem da travessia dos oficiais da reserva do CB, em Guaratuba, e contou que provavelmente irá atuar num cargo administrativo da Polícia Militar. ?Como já estive na posição mais alta, não há mais lugar para mim no Corpo de Bombeiros, estou aguardando para ver o que acontece?, revelou.

O ex-comandante explicou por que os equipamentos (barcos infláveis, jet-skis, quadriciclos terrestres, binóculos e rádios portáteis), motivo de sua exoneração, não haviam sido comprados. ?Em 9 de junho a compra foi solicitada ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) a pedido do governador. Quatro meses depois, o IAP me pediu desculpa e disse que não havia forma legal de comprar o equipamento, avaliado em cerca de R$ 500 mil?, revelou, destacando que depois levou o pedido à Secretaria de Administração. ?Eu sou vinculado à Secretaria de Segurança Pública e não podia fazer a compra. Se tivesse dinheiro teria comprado muito antes, já em março do ano passado?, disse.

O ex-comandante explicou que o equipamento em quastão representa apenas 50% de um pacote que deve ser concluído no ano quem vem. ?Para atingirmos o ideal teríamos que ter o dobro do que foi comprado. Mas isto não é culpa deste governo e sim do passado, que não deixou nada?, afirmou. Marchesi explicou que a comunicação e a locomoção rápida são fundamentais para que o trabalho dos guarda-vidas seja eficiente.

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