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‘Estamos preparando ações mais duras’, diz secretário da Fazenda do Rio

Diante da grave crise financeira, o governo do Rio de Janeiro prepara ações “mais duras” para equacionar as finanças do Estado, disse ontem o secretário da Fazenda do governo fluminense, Gustavo Barbosa. Ele negou que o governo tenha feito qualquer pedido de ajuda financeira à União.

-Qual a eficácia da suspensão de pagamentos decretada anteontem? A economia de R$ 186 milhões faz diferença?

É um início. Estamos preparando ainda neste mês algumas ações que serão mais duras do que as que foram até agora apresentadas com o objetivo de se indicar um caminho de equacionamento no médio e longo prazo.

-Quais são as opções?

Não posso antecipar. Vamos atacar os dois lados do balanço, tanto da parte da receita quanto da parte da despesa.

-O Rio pode sobreviver a essa crise sem ajuda do governo federal?

Não sei de onde foi tirada essa informação, que não procede. É uma invencionice. Não temos nenhum pedido de crédito no governo federal.

-Não existe possibilidade de entrar recursos por parte do governo federal?

Não está sendo negociado.

-Quanto o Rio precisaria para fechar o ano fora da situação de calamidade?

O Estado hoje está num déficit estrutural. Não há como equacionar isso em dois meses. A gente vai buscar com essas medidas, no médio prazo, tentar convergir para que esse déficit financeiro se reduza. As ações vão atacar o déficit para convergir para o equilíbrio fiscal.

-Quando é possível chegar a esse equilíbrio fiscal?

O Estado é muito engessado sob a perspectiva de reduzir o orçamento. A receita é bastante vinculada e a despesa, mais rígida ainda. Devemos ter uma dificuldade maior em 2017 e 2018. Acreditamos que de 2018 para 2019 começaremos a ter uma convergência no médio prazo.

-Continuará ocorrendo atrasos nos pagamentos dos servidores, fora do estipulado pelo STF de pagamento no terceiro dia útil?

O Estado do Rio alterou a data de pagamento dos servidores em virtude do volume de recursos em caixa, que possui maior entrada dentro desse período de dez dias úteis. É de extrema dificuldade para o Estado cumprir a determinação do STF no início do mês. Temos depositado os salários dentro do calendário oficial do Rio.

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