Deputado peemedebista renuncia para fugir de processo de cassação

Brasília – O deputado distrital Pedro Passos (PMDB-DF) renunciou ao mandato para fugir do processo por quebra de decoro, que foi solicitado para investigar a participação do parlamentar nas denúncias de corrupção na Operação Navalha. A decisão de abrir mão do cargo foi tomada depois que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal cassou a liminar que suspendia o processo contra ele por quebra de decoro parlamentar. Com a suspensão da liminar, Pedro Passos tinha até o final de sessão desta terça-feira (14) para renunciar antes da abertura do processo.

Isso porque amanhã ele seria notificado pelo Conselho de Ética da Câmara Legislativa do Distrito Federal e, após essa notificação, ele deveria enfrentar o processo até o fim, o que poderia resultado em sua cassação. A renúncia é a forma de os parlamentares manterem os direitos políticos para concorrerem novamente nas próximas eleições. A carta de renúncia foi entregue por um dos filhos e foi lida em plenário pelo primeiro secretário da casa, deputado distrital Wilson Lima (PR).

Na carta, Pedro Passos fala que foi "pré-condenado" politicamente e que são "mentirosas" as acusações contra ele. Além disso, a carta cita orações católicas para pedir o "perdão" para aqueles que o  teriam "pré-julgado". O deputado distrital era acusado pela Operação Navalha de beneficiar a empreiteira Gautama em licitações do governo do Distrito Federal para a construção da barragem Colônia Rural do Rio Preto. À época, o deputado respondeu que tratou apenas de "dívidas de venda de cavalos" com os donos da Gautama.

Passos chegou a ser preso durante a operação, mas foi libertado e respondia o processo em liberade. A suplente do deputado é Eurides Brito (PMDB).

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