Críticas à CPI da Terra surpreendem Élio Rusch

O presidente da CPI da Terra na Assembléia Legislativa, deputado Élio Rusch (PFL) manifestou supresa diante das críticas que a comissão recebeu da Conferência Estadual de Direitos Humanos, que reuniu 200 pessoas de várias partes do Estado no último final de semana, em Curitiba. A moção de repúdio acusa os deputados de agirem com parcialidade, conivência com crimes praticados por latifundiários como as milicias armadas, criminalização dos movimentos sociais de luta pela terra e omissão perante denúncias de crimes praticados por fazendeiros.

Rusch lamentou a postura da conferência e disse que ela demonstra um total desconhecimento da realidade: “As reuniões da CPI são públicas e a imprensa do Paraná tem acompanhado, inclusive as dificuldades que encontramos para ouvir representantes do MST. Até agora só o advogado Darci Frigo atendeu ao nosso convite. Os demais, mesmo assinando as intimações, deixaram de comparecer sob as alegações mais diversas. Se não os ouvimos é porque eles se recusaram a comparecer. De nossa parte, temos feito todos os esforços para promover um trabalho imparcial e representativo da realidade fundiária paranaense”, defendeu-se Rusch.

MST

Para a sessão de hoje, às 9h30, no plenarinho da Assembléia, é esperada a presença do coordenador do MST no Paraná, Roberto Baggio. Ele assinou a convocação e confirmou na segunda-feira, por telefone, que estará presente. Os líderes do movimento em Querência do Norte, Pedro Alves Cabral e Delfino José Becker, que na semana passada deixaram de comparecer pretextando que a convocação foi feita em cima da hora e eles não tinham recursos para constituir advogado nem se locomover até Curitiba, remeteram novos faxes à secretara da CPI se colocando à disposição para depor na data de hoje.

Com a confirmação de Baggio, Rusch sugeriu que eles se apresentem para a sessão do dia 09. Marli Brambila, coordenadora da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária Avante Ltda., também de Querência do Norte, está sendo intimada judicialmente, depois de ter deixado de atender a duas convocações da comissão. Também foi motivo de questionamento na última reunião da CPI, no dia 26, a ausência de deputados do PT que a integram. Padre Paulo, Elton Welter e Luciana Rafagnin compareceram a apenas duas sessões até agora.

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