Ele sai. Mas quem entra?

Convenção do PMDB de Curitiba definida para o dia 17 de julho

Quando for publicado, o Diário Oficial do Estado desta sexta-feira trará a convocação da convenção do PMDB de Curitiba para o dia 17 de julho, assinada pelos membros da executiva municipal. É o primeiro movimento de organização do partido para a eleição municipal do próximo ano, que representraá também o fim do ciclo de comando de Doático Santos no partido.

O que não significa que o militante peemedebista vá sair de cena. Ele está organizando a convenção e articulando para ser substituído pelo senador Roberto Requião no comando do partido. Por enquanto, oficialmente, os integrantes do grupo de Requião não confirmam a disposição do senador em assumir a presidência e atribuem a iniciativa a Doático.

Parte da bancada estadual do PMDB rejeita a proposta de eleição de Requião para o diretório municipal de Curitiba. Principalmente o grupo que defende a volta de Gustavo Fruet ao PMDB para ser candidato a prefeito de Curitiba, acha que o senador será um entrave à filiação do tucano.

Mágoas

Apesar de peemedebistas próximos a Requião, como o ex-deputado Renato Adur estarem empenhados em reaproximá-lo de Gustavo, as mágoas acumuladas ao longe dos anos não são tão fáceis de superar. Até segunda ordem, Requião não quer Gustavo de volta ao PMDB e, ponto final.

A saída de Gustavo do partido por discordar do apoio do PMDB à candidatura de Ângelo Vanhoni à prefeitura de Curitiba, na eleição de 2004, foi traumática. Peemedebistas do círculo do senador garantem que ele não esqueceu que Gustavo levou junto a irmã, Eleonora, que era secretaria de Planejamento no governo do estado.

Também está no “caderno negro” de Requião a decisão de Claudio, irmão de Gustavo, de desistir de defendê-lo nos vários processos que o representava. E por fim, Requião se ressente da atuação de oposição de Gustavo na Câmara dos Deputados, como um dos líderes anti-Lula. “O senador não se arrepende de ter ajudado a construir a carreira do Gustavo. Mas tem coisas que ele ainda não esqueceu”, disse um interlocutor do senador.