Contas de Greca dão dor de cabeça

A Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal de Curitiba está tendo um trabalho para avaliar as contas referentes ao ano de 1996 da Prefeitura Municipal de Curitiba.  

Aprovados com ressalvas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), os documentos, que empilhados chegam a seis metros, apontam irregularidades nas receitas e despesas da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

O líder do prefeito na Casa, vereador Mario Celso Cunha, pediu vistas ao processo para já iniciar o debate em toda a Câmara sobre os erros apontados e seus responsáveis. ?Queremos averiguar, principalmente, que tipo de prejuízo esses erros trouxeram ao erário?, disse o vereador. Para ele, o prefeito à época, Rafael Greca, hoje presidente da Cohapar, pode ser responsabilizado em caso de irregularidade grave. ?Mesmo as irregularidades tendo sido encontradas em duas secretarias específicas da Prefeitura, o prefeito também deverá ser responsabilizado, uma vez que é ele quem escolhe os secretários?, afirmou.

Não demonstração de conteúdo de matérias publicitárias, contratação de serviços de advocacia sem licitação, fracionamento de licitações não justificado, ausência de recolhimento de valores previdenciários, contratações com dispensa ou inexigibilidade, pagamento de altas taxas de juros e operações com bancos privados são algumas das irregularidades que estão sendo analisadas pela Câmara.

Dizendo-se feliz pelo fato de os vereadores estarem lembrando dele 11 anos depois de deixar a Prefeitura, Rafael Greca declarou que nada há contra ele, uma vez que suas contas foram aprovadas pelo TCE e que as ressalvas foram para os dois diretores na ocasião: Geraldo Pougy (FCC) e Mauro Magnabosco (Ippuc). Magnabosco, que segue trabalhando como arquiteto no Ippuc, não foi encontrado ontem, pela reportagem. Geraldo Pougy, que hoje é superintendente do Centro de Design do Paraná, está viajando e só retorna amanhã ao Estado.

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