A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado vota, amanhã, às 14 horas, requerimento de convite ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, para que ele esclareça as recentes denúncias de tráfico de influência. Autor do requerimento, o líder do PSDB, senador Álvaro Dias, do Paraná, receia, no entanto, que o governo coloque a sua tropa de choque em campo para rejeitar o convite.
“Se isso ocorrer, haverá dois pesos e duas medidas”, criticou o líder tucano, sugerindo que haveria uma proteção do Planalto aos ministros petistas, porque o ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci também foi poupado de ir ao Congresso. “Ficará muito mal politicamente se houver uma discriminação na base aliada”, concluiu.
Na semana passada, a base aliada conseguiu rejeitar uma convocação para que ele prestasse esclarecimentos à Câmara. No entanto, na última sexta-feira (9), ao participar de um evento em Buenos Aires, Pimentel afirmou que estava “tranquilíssimo” e que se fosse convocado pelo Congresso, ele iria.
Pimentel é alvo de acusações de tráfico de influência nas atividades de consultoria exercidas por sua empresa, a P-21. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, saiu hoje em defesa de Pimentel, afirmando que ele tem o apoio da presidente Dilma Rousseff e descartando a ida dele ao Congresso.
O ministro Pimentel participa hoje de jantar de confraternização com empresários paulistas, às 19 horas, no restaurante Emiliano, na capital paulista. A assessoria do ministro confirmou sua presença. O encontro é promovido pelo presidente da Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), Josué Christiano Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente da República José Alencar. Também deve participar do jantar o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. (Colaborou Anne Warth)